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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Poema: VIDA QUENGA

Não farejo tamanho ciúme da vida, que a desdenha em tão triste sina, em tão quanta corrida, amiúde mímica, que a desenha e se desfaz em cêra. Em corrente densa, em milagre de quenga que cobra por farsa cena. Em lírico dissonante de mar morto. Em barítono estonteante que soa desconforto. Em soprano de encanto que tanto sua-me por dentro. Salvador, 19 de Dezembro de 2011. Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Soneto (respostagem): SILÊNCIO

O silêncio que avia, Dobrava as caladas vias Que, embora viesse sem alvejar rastro, Assoviava o ar por entrar nas esquadrias. O vento numa noite em prurido Adentra os aposentos e o bicho ria, Acalmava por dentro, caleja fria, O que as cortinas mostram lamento. Embora seja noite, seja madrugada Medita coração com a lua, Respira o cérebro em sedenta rua. Em que havia na máquina da vida querida Nos quereres de uma roda de torno, Qualquer alqueire de um querer tormento. 12/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Poema (repostagem): Poesia em mim

Se a poesia está em mim, Creio que sou um instrumento dela, E não eu, que a alimento, E sim, que me alimento E quem está nela, Pois ela independente do meu sustento. Que sirvo, feliz e humildemente, Ao seu lírico cênico do que “sente” Se a poesia estiver em mim? Sim, serei eterno grato e cedro, Pois é ela quem me escolheu, E não eu, que a remendo e a levo! Que posso fazer se o que vejo Sai em suas visões decerto? Se a poesia sair de mim, Ficarei triste e sem fôlego, Visto que é o ar que respiro, As pernas, que me dão forro. A cabeça que pensa, As mãos que em consolo, Apaziguam as mãos de outrem, E me tornam mais e mais louco. Um louco controlado desconcertado, Sabendo que se em algum momento, Tornar-me-á, como a maioria dos outros, Aí, sim, a poesia saíra de minhas entranhas, E eu, sem ela, que não mais me escolhera, Viverei incerto, em tórrido desconsolo. 17/01/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Poema (repostagem): Vazio de Poder

São muitas dúvidas, Muitos assuntos, Muito engabelar. Sudorese e tormento. De quem mente no centro, Acorda sedento De poder, De força, Que não tem, Por dentro. É muita falácia, Daqueles que se escondem por Nada. E necrosam a vida, Às pessoas, Em nome de tudo o que querem, De tudo que meça poder, Quando não se olha no espelho, Porque não se vê no nada. 08/05/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas