Em Do Contrato Social [i] , Rousseau destaca que a sociedade mais antiga é a família. Que nem todo governo é favorável aos governados. Faz referência à citação de Hobbes de que os homens não são iguais. Uns são escravos, outros chefes. O filósofo destaca claramente que a força não funda o Direito, que nenhum homem possui autoridade natural sobre qualquer outro, e faz uma crítica contundente à monarquia e a tranqüilidade das “masmorras”. Defende que a autoridade legítima são as convenções. Ele defende, ainda, que retirar a liberdade da vontade do homem é tirar toda a moralidade de suas ações. Argumenta de forma brilhante, que a escravidão não remete ao estado de guerra. E que a guerra é fruto de relação entre coisas (por exemplo, entre Estados), não entre homens. Há concordância com Locke no que diz respeito à ilegitimidade de se usurpar bens e propriedade em estado de guerra. A escravidão é a continuidade do estado de guerra, mas, o direito de escravidão não advém do de matar.
Artigos e Ensaios de Ciência Política. Ensaios Morais e sobre Cultura e Arte em geral. Poesia Brasileira.