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Mostrando postagens de outubro, 2010

Crônica: A Quebra de Braço Social x Capital

** Esta crônica é parte da interpretação do Poema Ode a Verdade Social à Inverdade Capital, de minha autoria e já registrado aqui - inclusive, a interpretação abaixo, nas primeiras publicações deste Blog ** Tentar desvelar por completo um poema é algo enriquecedor e fascinante...Ir nas entranhas do pensamento do autor, de sua crítica e de sua efervescência poética. Não cabe ao autor passar este "Raio X" em sua obra, em sua música, em seu poema. Isto é praticamente acabar com a graça e o exercício de apuração e senso crítico do leitor.. Mas posso adiantar alguma coisa: no Poema Ode a Verdade Social à Inverdade Capital, ressalto que há uma luta diária e constante nos bastidores e no palco da vida real, sobre o antagonismo entre o Social e o Capital - entre a Esquerda e a Direita. Isto é claro, quando vemos nos jornais a luta entre governo e oposição para aprovar determinada lei.., quando vemos a composição política de chapas em ano eleitoral no seu município e no seu estado

A Igreja e os atuais feudos

** Este artigo publicado aqui neste Blog em 14/10, foi publicado pelo Globo On line, em 25/10 às 15:54. Se preferir, vejam link, http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2010/10/25/a-igreja-os-atuais-feudos-922860241.asp ** A religião é o ópio do povo", frase que se consagrou como máxima popular teve sua origem na concepção materialista de Karl Marx. Porém, o fato de esse pensamento ter se incorporado, em parte, ao senso comum, não significa dizer que as pessoas, ao proferirem-no, estejam irremediavelmente desconectadas da religião. Quando nos propomos a "esquecer" um pouco a frase e seu contexto como máxima, percebemos também o quanto a Igreja, em suas várias correntes, contribuiu para a sociedade civil e para a própria religião - seja com as ações das pastorais, com as campanhas sociais das Igrejas evangélicas ou com a força de alguns líderes, ícones de uma imparidade pouco vista, como D. Helder Câmara e Martin Luther King. Mas voltemos à realidade... Em pleno século XX

Em vias de lançamento de meu 1º Livro de Poesia..

Prezados, Estou em vias de lançamento do meu primeiro livro de Poesia. A obra, como este Blog, será de Poesia Social. O lançamento será pela editora Independente Ibis Libris, http://www.ibislibris.com.br, que é uma editora em atividade desde 2000, e já tem no currículo, mais de 100 títulos lançados, entre Poesia, Prosa, Literatura e Traduções. Em breve, trago mais novidades, será um lançamento - que antes de ser de livro - será de um poeta, de um condor, despretensioso, que antes de qualquer coisa, já está e estará realizado, já no primeiro ato e momento, que é de lançar-se como idéia, como poesia, que fala, que se recita, toca, que canta e que a partir do lançamento, estará em movimento, com a minha expressão como Poeta, como Condor, mas antes disto, como ser humano, que deseja como utopia um Brasil mais social, justo e como todos nós - como elementar essência - doravante e mais (sempre) humano. Abraços,

Artigo: Por que não lideramos?

A quem atribuir este desvio? Quando analisamos o dia-a-dia das empresas ou da conjuntura atual do mercado, podemos deflagrar o processo da aplicação e prática da Administração que vigora desde a sua concepção nas academias e faculdades até a sua operacionalização e dia-a-dia nas empresas, pois como sabemos, a administração praticada hoje, tem muito foco no seu teor e viés técnico e pouco da parte humana. Isto se toma por evidência, quando olhamos uma grade curricular de qualquer curso de administração do país, e como isto se reflete, de forma abrangente nos departamentos e esferas gerenciais e corporativas das empresas do Brasil e do Mundo. Ora, se isto fosse trabalhado na pós-formação ou nas próprias empresas, já seria de grande valia. Para o gestor e antes disto, para a pessoa do gestor, como seria gratificante para as próprias pessoas, que são os pilares das áreas e da suas gerências. Mas de fato, não o é, e o que vemos é uma explosão e um grande fluxo de entrada e saída de pro

Crônica: O Mundo da Produção ou Cooperação?

É de se estranhar quando vemos alguém falar que não vive para o dinheiro, não é? Você já deve ter ouvido algumas destas figuras por aí, e pensado: “Este cara, com certeza, é maluco” ou “Este cara vive em outro mundo”..mas tudo bem, é o tal do senso comum, é o mundo coercitivo, como teoriza Durkheim. Ou pode até mesmo ser fruto do condicionamento humano, conforme teoriza a Escola Behaviorista. Mas certo mesmo é que o condicionamento não é o motor, são as amarras e a resistência deste molde em que vivemos – advindo predominantemente da ideologia capitalista. Desde pequenos, o que aprendemos? “Olha filho, você tem que estudar..estou pagando escola cara, e você me vem com esta nota..olha filha, já tá mais do que na hora de arranjar um estágio..Paulo, meu filho, você fez um cursinho caro, você tem que passar na Federal..você tem que ter um futuro brilhante, este mundo de hoje tá difícil, tá muito concorrido..você tem que estudar para ser o melhor e conseguir um bom trabalho”.. Quem de nós

Poema: EXERCÍCIO DA COMPREENSÃO

EXERCÍCIO DA COMPREENSÃO* Não sou compreendido, creio que sou nicho De tudo o que não se há de falar, Porque não há compreensão, se não se sai de sua dimensão, Do rock para um sambão. Mas por que não entendemos o outro? Será que julgamos ser o dorso? Enquanto este outro é o osso? Ou o vilão, enquanto somos o moço? Será que sou minoria ou maioria? Será que sou calmaria ou agonia? Será que sou ação ou em vão? Será que sou entendido ou desentendido? Será que sou mudo ou falastrão? Será que sou o mal ou o bom moço que enfrenta o bandido? Será que sou entendido como destemido? Ou desentendido como medroso, covarde e mole? Será que sou filhote da demagogia, sorte dos que dominam a oratória? Ou sou pai da ética, conquista por mim merecida, por quem gosta do coletivo da prole? Será que temos para quem falar? Para quem agonizar? Será que temos realmente dois ouvidos, ou dispersas bocas e uma audição? O mundo está velho, o novo mundo um atraso, O convívio, um descalab

Poema: CONDENADOS À SUBSERVIÊNCIA

CONDENADOS À SUBSERVIÊNCIA* Sou o que somos assediados moralmente, No trabalho, na rua, na procura, para a busca de uma oportunidade ascendente, Fazemos tudo, só não fazemos o que gostamos, por que estamos indigentes, Somos o zero à esquerda, o pão sem manteiga, o coro sem gente. Por que não somos ouvidos, somos tão impedidos De falar o que sentimos? Somos compelidos a ser tudo o que não é quente. Somos o desgosto em pessoa, somos a carne viva, Com esparadrapo partido e boca sem dente, Fazemos tudo o que nos mandam, marginalizando nossa ideologia, Nossa convicção e nossa mente. Temos que fazer pelo dinheiro, pela moeda em queda, Pelo papel de pouco valor, com muito suor e calor, Para ter nosso pão, nosso café e um pouco de sabor. Que sistema infernal, que largo lamaçal, Que temos a subserviência sugando nossa consciência. Poucos vivem de fato, pelo menos unilateralmente, Pois a maioria vive em parte, em miúdos e muito mal. Por que não democratizamos o trabalho,

Crônica: Franco-Brasileiros?

Tomaram a Bastilha, tomaram às ruas em 1789, tomaram as ruas em Maio de 68, tomaram as ruas como neste sétimo dia de greve geral (neste dia 20) em Outubro de 2010 e tomarão amanhã também..e tomarão sempre que os seus direitos e deveres forem “revolucionados” e as “salvaguardas”sociais e coletivas para o povo e sociedade estiverem em riste pelos seus governantes..ou de si mesmos. A luta para barrar ou quem sabe até “negociar” o aumento da idade de aposentadoria, assim como julgar isso uma necessidade (do governo ou do povo?) é uma questão e premissa de consciência e não uma sorte de ter ou não líderes ou pessoas que se esgoelam e se esforçam fisicamente e “emocionalmente” para arrebatar corações em seus seios sociais. É uma realidade coletiva, onde cada um tem consciência social e política e o líder entra para confluir e direcionar, para ser a representação daquela consciência. O líder emerge na consciência da sociedade francesa - independente de ser burguesa ou não, de seus setores di

Crônica: Meu amigo é de Direita

Há muito, mas recente tempo – acreditem - desde meu processo de politização, tenho convivido cada vez mais e intensamente com a política e seus assuntos correlatos..na minha opinião, quase tudo por sinal. De lá para cá vi aflorar o assunto, ainda mais enraizado e regado todo santo dia pelos meus amigos e camaradas, esse último, muito usado para se chamar um amigo aqui no Rio (É comum, você ouvir alguém atender ao telefone, ou alguém na rua em voz alta e em tom de cumprimento chamar..”Fala aê, meu camarada”), mas um deles em especial, eu acreditava piamente que era apolítico. Totalmente despolitizado. Eu, já com minha orientação definida à esquerda, e ele “voando” nos vários temas, de lá para cá, como se voam os pássaros, embora estes últimos voem sempre motivados por alguma coisa, normalmente por conta de alguma condição ou alimento. Desta forma, acreditava que poderia orientá-lo..e até “doutriná-lo”..ao falar das ideologias, em discutir as políticas progressistas, as políticas do go

Crônica: A Igreja e o Feudo?

“A religião é o ópio do povo”, frase que se consagrou como uma das máximas - que se entranharam em parte de nosso senso comum, das pessoas que não são orientadas somente pela Religião, mas que se orientam por todo tipo de conhecimento humano - teve sua origem na concepção materialista de Karl Marx. Porém, como ela ganhou parte do senso comum, não significa dizer que as pessoas ao proferirem-na, sejam irremediavelmente desconectadas da religião. Quando nos propomos a “esquecer” um pouco a frase e seu contexto como máxima, percebemos também o quanto a Igreja em suas várias correntes, contribuiu para a sociedade civil e para a própria religião, seja com as ações das pastorais, ações sociais das Igrejas evangélicas, e com o presente aos brasileiros e ao mundo, com ícones de uma imparidade pouco vista (D. Helder Câmara, Martin Luther King, etc.. só para ficarmos nesses exemplos de homens de fé). Mas voltemos à realidade, e novamente para essa “máxima” e... E esperar que em pleno século XX

Poema: BAHIA, Ê SAUDADE!

BAHIA, Ê SAUDADE!* Dizem que a Bahia é só festa, é só carnaval, Tenho por ti tanto orgulho, tanto amor colossal, Terra abençoada, de Todos os Santos, da capoeira e do berimbau, Terra dos Intelectuais e Gênios da Música, Da Arte e de um contraste muito igual, De Caetano, Gil, Carybé, Caymmi, João Gilberto e Raul Seixas, De Tom Zé, Neguinho do Samba, Tatau, Brown, Dos Novos Baianos e de Morais Moreira, Terra dos escritores e poetas, desta boemia e espontâneo desembaraço, De Ruy Barbosa, Castro Alves e do Infernal Gregório de Mattos, De Capinam, Ubaldo Dantas e do nosso Embaixador Jorge Amado. Terra da maior influência negra do Brasil, Berço da cultura afro, do acarajé, do abará e do vatapá, Das danças, do samba reggae, do axé e do Trio Dodó e Osmar, Terra que tem o Olodum com seu batuque único e a beleza do Ilê Ayê, Do afoxé e da cultura afro, na arte eterna de Pierre Verger, Terra que tem Itacaré, Comandatuba, Prado e Morro de São Paulo, Que tem Ilhéus, Sauípe, Itapa

Crônica: A simples torcida à seleção e a escolha soberana à eleição

A julgar pelo momento que estamos passando, neste, mais que meados de 2010, já tivemos tantos eventos, tantas expectativas, naturais de qualquer povo e ser humano, e qualquer nação. Amplifique-se isto, ainda mais para o povo brasileiro. Depois de uma ducha de água-fria e o revés de mais uma derrota anunciada da nossa seleção na Copa da África, remetemo-nos ao cenário político e a maior festa que podemos ter como nação democrática: As eleições. Mesmo com o revés desta derrota, pré-anunciada, não podemos e não devemos nos lamentar: ao não ser pelo fato, de sermos apaixonados e inflamados torcedores..e técnicos. Mas não escolhemos sequer nem um jogador desta seleção, nem, como deveriam, no nosso “entender”, jogar e escalar os “nossos jogadores”, e muito menos, escolhemos o técnico. Podemos sair tranquilamente, após a ressaca da já anunciada frustração – momentânea - para seguir nossa vida levemente, dali pra frente. Nas eleições, não. Não há ressaca que não dure que possa tirar o gozo