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Mostrando postagens de 2011

Poema: VIDA QUENGA

Não farejo tamanho ciúme da vida, que a desdenha em tão triste sina, em tão quanta corrida, amiúde mímica, que a desenha e se desfaz em cêra. Em corrente densa, em milagre de quenga que cobra por farsa cena. Em lírico dissonante de mar morto. Em barítono estonteante que soa desconforto. Em soprano de encanto que tanto sua-me por dentro. Salvador, 19 de Dezembro de 2011. Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Soneto (respostagem): SILÊNCIO

O silêncio que avia, Dobrava as caladas vias Que, embora viesse sem alvejar rastro, Assoviava o ar por entrar nas esquadrias. O vento numa noite em prurido Adentra os aposentos e o bicho ria, Acalmava por dentro, caleja fria, O que as cortinas mostram lamento. Embora seja noite, seja madrugada Medita coração com a lua, Respira o cérebro em sedenta rua. Em que havia na máquina da vida querida Nos quereres de uma roda de torno, Qualquer alqueire de um querer tormento. 12/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Poema (repostagem): Poesia em mim

Se a poesia está em mim, Creio que sou um instrumento dela, E não eu, que a alimento, E sim, que me alimento E quem está nela, Pois ela independente do meu sustento. Que sirvo, feliz e humildemente, Ao seu lírico cênico do que “sente” Se a poesia estiver em mim? Sim, serei eterno grato e cedro, Pois é ela quem me escolheu, E não eu, que a remendo e a levo! Que posso fazer se o que vejo Sai em suas visões decerto? Se a poesia sair de mim, Ficarei triste e sem fôlego, Visto que é o ar que respiro, As pernas, que me dão forro. A cabeça que pensa, As mãos que em consolo, Apaziguam as mãos de outrem, E me tornam mais e mais louco. Um louco controlado desconcertado, Sabendo que se em algum momento, Tornar-me-á, como a maioria dos outros, Aí, sim, a poesia saíra de minhas entranhas, E eu, sem ela, que não mais me escolhera, Viverei incerto, em tórrido desconsolo. 17/01/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Poema (repostagem): Vazio de Poder

São muitas dúvidas, Muitos assuntos, Muito engabelar. Sudorese e tormento. De quem mente no centro, Acorda sedento De poder, De força, Que não tem, Por dentro. É muita falácia, Daqueles que se escondem por Nada. E necrosam a vida, Às pessoas, Em nome de tudo o que querem, De tudo que meça poder, Quando não se olha no espelho, Porque não se vê no nada. 08/05/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Poema (repostagem): MERCADO DA ALIENAÇÃO

Precisamos de mais tempo, Para trabalhar o que nos está por dentro, Trabalhar menos em linha de produção, Trabalhar só o suficiente, Sem explorar a alienação. Ou o que é pior, Sem alienar à exploração. Precisamos de tanta coisa, Mas ao mesmo tempo, básica, Para o nosso bem-estar, Nossa dignidade e nossa concha. Precisamos trabalhar com suficiência, E não nós, sermos a insuficiência, Para a nossa sobrevivência de comer, Dormir, beber e morar com mínimo de decência! Precisamos sair do exagero e culto ao consumo, A essa sociedade da produção pela produção. Da exploração pela exploração, Do resultado pelo resultado, E o homem, que já é um coitado, Cotado na bolsa, Como antigamente e explícito, no mercado de escravos, E explorado, pelo outro homem, Como era também, com o capataz e o capitão do mato, E, hoje, ao explorado, achacado, pela falta de educação, Que se reduz a farelo de pão em detritos do lixão E que reluz ouro para poucos, fartos, empanzinados E insac

Poema (repostagem): Papo Cabeça

Fala contigo mesmo, Diariamente, O que sente, O que pensa, E o que se mente! Fala, pensa e age, À sua revelia, Do que acha certo, E dos seus desejos! E não do que se ressente! Sente, sem rancor, Com mais amor, Que se não aflorou, Já piscou, Neste instante, Em que lê um poema.. Talvez esse sirva, Para repensar o que sente, E não o que se ressente! Desta vida que teme! E dos escuros mais siderais, Aos quais, se mente! 06/02/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Poema (Repostagem): AÇÃO, CORAÇÃO E MENTE

Se piscar tanto com os olhos, Perderá a passagem da vida, Se bocejar com todas as bocas, Será passageiro, o seu olhar. A vida é ação, E não ficção. É sucção E não mação! É falcão E não faisão, É coordenação, E não inação, É oração, E não falastrão, É argumentação, E não ilação, É ação, Na mente, E no coração E não, Coração, E mente Na ação. 06/02/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Poema (Repostagem): QUALIDADE E DEFEITO

A qualidade do defeito, É ensinar a qualidade, Do perfeito, De ensinar ao imperfeito. Do leigo, A ensinar ao sabe-tudo. E a do medo, A de ensinar o limite de tudo. A do inseguro, De dar humildade ao seguro. Do ser humano, Que tem jeito, este mundo! Do utópico, De que o sonho, É o alimento da alma, Ao prático que racionaliza tudo. Do poeta, É saber que ele mostra Os defeitos, do escuro. O defeito da qualidade é Essa achar, que por si só, Sem aplacar o conjunto próximo, Que, ela, inunda o mundo! 07/02/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Poema (repostagem): Sob o céu

O Céu, Véu, Do seu olho, Do seu gosto, Do seu sabor, E dissabor, De viver, Sem ter Que ter, E sem ser, O "ter”. O céu, É fel, De gel, Do mel, Pois é bonito, Lindo azul, Escuro à noite, E noite azul! Sob o céu, Espero, Que um dia, No amanhã. Valhamos, O que vale O ser E não se você tem ou não tem.. O ter. 06/02/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Poema (Repostagem): BRINCA CRIANÇA!

Criança! Será sua própria fonte, Fonte dos sonhos, de um mundo melhor, De uma fonte, de si, para os que estão ao seu redor. Criança, que belo! Ter a inocência de aprender. Que bela! Inteligência de escola, e do que vê. Viverá, por você e com todos Uma brincadeira de um mundo melhor, Pois você acredita em um brinquedo de mundo, E os que contigo brincarão, Ganharão um tabuleiro de globo “maior”. Você é criança, e tem a pureza de ser criança, Todos os dias da sua vida, Pois a vida adulta é boa E só não será à toa, Se usar de sua alma livre de criança. Em tudo que fizer, Aos lugares em que a levar, Sua curiosidade e sua bola de jogar! Você é criança, e nasceu para brincar, Brincar de perceber, Numa aquarela, às suas tintas, Verde, vermelha e amarela, Giz na rua com seus colegas, E com sua família... Papai, mamãe, sua avó e tia.. Oi Criança! Traga essa ânsia e energia de infância! Essa virtude, sem que mude Este seu jeito criança de brincar, Num brinquedo

Recesso

Prezados, O poeta que vos fala, por motivos acadêmicos e profissionais, estará se ausentando do blog. Uma oportunidade para uma pausa desta hercúlea construção ao vivo da poesia, perpassada por uma “luta corporal” para compor a estética e os ajustes ininterruptos contra os erros, mas estarei postando os principais e marcantes poemas feitos e publicados desde o decorrer deste ano. Não obstante à pausa, estarei compondo poesia – como sempre e em silêncio – para regozijar novas obras e composições, para trazê-las à tona no momento oportuno deste blog. Até mais, e acompanhem a poesia ser postada eventualmente neste período de “recreio”, entre às quais, postadas desde o início deste ano. Abraços,

Poema: ONDE FICA ONDE (O SER)

Nos calores dos trompetes, O modesto preâmbulo Da corrida, Do antro, Do que se pode ouvir, Ver e sentir; E tome desespero extremo, Em qualquer lugar pequeno Onde o pai e a mãe não vêem, Onde o menino e a menina, Brigam pra vender. Onde a vergonha não se omite Com a peçonha E onde qualquer poesia social Esteja sempre a ver. Onde um caminho leva à desonra, Onde o trepido do inferno Ecoa pra não se ater. Onde a estética de um poema, Se componha, Onde o chão dos nobres, Brilham mais do que à nossa mesa, e casebre menos que a TV. Onde a saúde leva à morte, Onde a lei que se tem, se abstém aos que têm, E dos quem querem corromper. Onde a educação é um cânone Da ignorância, E onde não se lê, Muito menos compreende o que se vê. Onde um país, Tem a macedônia, Dos povos bárbaros, Fruto de um mecenato ao contrário, Para financiar suas benesses Inertes, Ao vácuo de dignidade e valores morais e éticos, Dos quem gostam e honram ter. Onde o onde é a vergonh

Soneto: Mulheres

Mulheres, vocês são o centro da criação! Do ventre posta em moça, que dá luz à criança, a serenidade, a sutileza, a beleza, que tanto encanta-lhe e encanta-nos, como loba. Mulher, mãe, filha, senhora e senhorita, vocês são paixão e água, que completa o homem e o fogo que nos cauteriza em brasa! Que você é tão linda, e tão forte, ao mesmo tempo, em que ternura e firmeza fazem toda prosa virar poesia. A sua fortaleza é o momento mais lindo da vida, porque do seu afago e seu tato, tiramos à cura, para cicatrizar a nossa ferida.(pelo que te amamos, de forma vitalícia)! 27/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Soneto: A VIDA É UMA LUTA PARA UM COMUNISTA

Para um comunista como eu, A vida é uma batalha Contra o capital, contra a nuvem, E contra a fuligem que cega outrem com navalha. Porque de que adianta viver, Se não navegamos, No que é profundo, E do que está na penumbra, e à mercê. Do que adianta viver uma vida, De muito "deslumbre", de um sistema nefasto, Que nos explora, e ainda, que quer que nos conforma, Com tanta desigualdade, que inunda, imunda! Como achar justiça nesta zomba, E ainda ter que com toda a pantomima, gracejar e decretar tudo uma pompa ? 26/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Soneto: AOS VESPEIROS, VERMES E VEDORAS

À véspera do vespeiro, Veste, às vestes do vendeiro. Do vestígio, Do veleiro, que vela, inteiro. As vespas do vergueiro, Dos verdugos, do veeiro Nos vértices que vertes Da verdade. Verbero... Às vedoras, À venda, Do ventre, vermelho. Verbera-se O que é mais velho, O verme que vende véu, vida com veneno. 26/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Soneto: JOGO DE CENA

Uma vida de subterfúgios Onde a mediocridade Transborda Os muros: escuros e escusos. Falta-lhe coragem Para romper à cerca, Do cerco Que me prende em véspera. Falta-me coragem Para sair de cena Do covarde que lhe prenda. Falta audácia e contágio. Verdade de disparo, Para destronar, essa nuvem, onde só poucos a jogam: jogo de cena. 25/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Soneto: TRILHO DA VIDA

No trilho da vida Temos tantos caminhos, Mas há o acaso que permeia-nos E nos dá um sentido definido. Brigamos, por sonhos Às vezes palpáveis, Às vezes da realidade, Mas há um rolar de dados, um vão. Pois, temos ao que parece um papel exigido, Um canto, um papiro já escrito, Um se assumir sem zunido. Com a pirotecnia da vida moderna De muito barulho, muita ideia e confusão, Continuamos com muitos “caminhos”, mas uma só - real - opção. 24/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

A sociedade no combate à corrupção do Estado

Quando olhamos civicamente, a manifestação da sociedade civil no tocante à mobilização no apoio à Frente Anticorrupção aberta no Congresso, e a indignação desencadeada nas redes sociais tendo como resultado um ato agendado e que ocorrerá no dia 20 de setembro na Cinelândia, no Rio, mostram-nos que ainda há um fio de esperança na capacidade incondicional e irrestrita de se indignar; quando de malfeitos entranhados e acometidos nas diversas instâncias do Estado. Após a comunicação da presidente Dilma Rousseff, no lançamento do programa Brasil sem Miséria com os governadores do Sudeste, de que o “que interessava para o governo” não era a “faxina ética”, e sim, “a da miséria” (o que também, e obstinadamente tem que ser combalido), ficou claro que ela queria arrefecer os ânimos exaltados de sua base aliada. Mas, a presidente, e qualquer que o (a) seja lutará sempre pela costura de sua governabilidade, e pelo manuseio da balança desbalanceada entre o que se pode fazer, e o que não se pode

Soneto: COR PADRÃO

Em um mundo tão diferente, Somente os “iguais” aparecem à frente Na TV, do padrão ora estipulado, Da sociedade, dos altos escalões, e de tudo que se vê. Em um mundo tão plural, Somente o par, se coloca, Somente ele coloca, Os primeiros colocados, desta horda. Um mundo, onde na TV e nas diversas mídias, Não se aparece negro, quando muito um, Suportado na lei, mas, não no senso comum. Um universo, onde o estrídulo midiático, Não aparece índio, negro, mulato e pardo, onde a mulher, só como objeto, E a mistura de todas essas cores, é predomínio incerto como padrão certo. 23/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Soneto: CANTO

O canto por mar, e pro pomar, enfurecia o lar, aqui e acolá, como palma pra aprumar. Nas notas que se ressonavam, em todo verdejante, lacrimejava o que era infame, sem gota nenhuma chorar. O canto, mesmo ele, que arejava todo ar em que líbero deleite a soar. Para a música, e o dó, ré, mi, fá, sol e lá , estilarem sempre, em serenar. 22/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Soneto: ITABUNA

Ah, Itabuna! Do Rio Cachoeira, terra do cacau, terra próspera, industrial, não tens praia, Mas tem o frescor da Beira Rio e do seu povo: grapiúna e natal. Ah, Itabuna! antes Itabocas, e também do tupi-guarani, Itaúna. Uma das maiores da Bahia, senão, a maior, a mais bela do extremo-sul, para quem a conhece na rotina ou nas férias, se derrete, pois é uma capital rica, E de muita história que a enaltece. Mesmo com seus problemas de grande metrópole, você feita para brilhar, junto com sua cidade-irmã, Ilhéus, pois uma não vive sem a outra; Itabuna, meu amor por ti é especial! 20/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Poesia em Domínio Público - Soneto 080 - Camões

Alma minha gentil, que te partiste tão cedo desta vida descontente, repousa lá no Céu eternamente, e viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, memória desta vida se consente, não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer te algüa causa a dor que me ficou da mágoa, sem remédio, de perder te, roga a Deus, que teus anos encurtou, que tão cedo de cá me leve a ver te, quão cedo de meus olhos te levou. Sonetos, de Luís de Camões Texto proveniente de: A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo

Soneto: FOME

Na lamúria da rua e dos campos em que semente de maçã, se expandia ao doce e em cálice afã de tantos. Se embebedava com coragem, com piedade do que se tinha em mel, em amargo paladar, de nozes e avelã, e o céu. Se não havia o feijão nem arroz com pão, não haveria de ter sadia digestão. Nem ingestão. Nem provisão. Só inferno. Só previsão de fastio, fome e subnutrição. 19/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Soneto: SOU COMUNISTA II

Sou comunista, porque penso em mudança estrutural Neste sistema desgastado historicamente, E que vomita indignidade, e morte social e letal. Para os trabalhadores, pobres, que sustentam a base deste piramidal. Sou comunista, porque penso na cultura como meio de transgredir Este sistema capital, que só corrobora miséria e uma minoria elite. Porque defendo isonomia e igualdade para destroçar este modelo fatal. Que nos tira tudo, nos dá somente miséria, e desigualdade social e triste. Sou comunista porque não acredito no mercado e nas suas intenções, Que é antro de indivíduos que só querem os seus, ante o povo e às nações, Porque não aceito a exploração do homem pelo homem. O dinheiro pelo dinheiro, o lucro pelo lucro, Enquanto que o meio ambiente e o meio social ficam sempre à margem; Que venha à dialética e ação, para que haja nos meios, a socialização. 18/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Soneto: SOU COMUNISTA

Sou comunista, Porque não concebo este sistema Que nos amordaça e nos escraviza, Que é o sistema capitalista. Sou comunista, porque sou proletário, Porque estou com os trabalhadores Fomentando mudança e ideias Contra este sistema mundano que nos aliena, como ameba. Sou comunista porque a minha mais-valia Me é tirada, extraída, quando estou explorado, Escravizado num sistema que forja muitos e poucos, e mentiras. Sou comunista, porque meu sangue é vermelho. Meu coração bate por um trabalho que reparta minha sangria.E o lucro, Fruto do valor do nosso trabalho, seja coletivo e não individualista. 18/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Poesia em Domínio Público - Soneto 013 - Camões

Alegres campos, verdes arvoredos, claras e frescas águas de cristal, que em vós os debuxais ao natural, discorrendo da altura dos rochedos; Silvestres montes, ásperos penedos, compostos em concerto desigual, sabei que, sem licença de meu mal, já não podeis fazer meus olhos ledos. E, pois me já não vedes como vistes, não me alegrem verduras deleitosas, nem águas que correndo alegres vêm. Semearei em vós lembranças tristes, regando-vos com lágrimas saudosas, e nascerão saudades de meu bem. Sonetos, de Luís de Camões Texto proveniente de: A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo

Soneto: CAÇADA VICIADA

Na caçada viciada Vive-se em casta, Sem calha, Com lástima. Pelo que se vivia em saída, Em entrada, com covardia E coragem de tríade caída que valha! Em dança com lobos, Em matança de povo Que não se cria em alarde. Em fogo morno, Em vida bandida, Sem cria de vontade e banida de dignidade. 17/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

O Governo Dilma entre a "Morte" e "Marte"

Hoje, exatos oito meses e meio, o governo Dilma coleciona gargalos de inúmeras ordens: econômica, fiscal, administrativa e principalmente a que mais a preocupa: a política. Mas, tudo indica que cada vez mais, dois desígnios da luta política e da vida estarão de mãos dadas em seu mandato: a “guerra” ou a “morte”, a se firmar a possibilidade de em meados do governo, o mesmo se arrastar politicamente – e quem sabe até popularmente – até o pleito de 2014. O que antes era a demissão por mero protocolo, de quem falou por demais como Pedro Abramovay – por ter defendido o relaxamento de pena para pequenos traficantes -, ou imbróglio no MinC com a não nomeação à presidência da Fundação Casa de Rui Barbosa – em vias de ocorrer - do cientista político e sociólogo Emir Sader, e a entrada da Ana de Hollanda à frente da pasta; ou agora com a saída recente do Nelson Jobim, por ter falado demais e "morrido pela própria boca"; agora e desde a saída do seu ministro-chefe da Casa Civil Antôni

Soneto: ESCRAVOS DO MERCADO

Sou, como todos são, escravos do mercado. Dele que não tem outro nome, Só este, e nós, nominamo-nos mercadorias em condado. Do mercado, do comercializado, do aluguel barato. Somos a base, e o mercado, a potência, Somos linear, ele, expoente, Que de forma exponencial e mórbida, Nos aliena, e faz-nos felizes, mesmo em doença modorrenta. Somos muita coisa, Os alienados, que riem-se, no tronco raso E felicitam-se com o troco rasgado. Quando à emancipação do trabalho, Precisamos nos destravar, e deixar De achar-se homem livre na feira dos escravizados. 16/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Soneto: ESCOLA DA VIDA

O que a vida nos ensina precisa ser meticulosamente lida, aprendida e ensinada em todo “Carpe diem”. O que a vida nos briga, obriga-nos a repensar e escolher, decidir o que ela nos quer como trilha. O que a vida nos repensa, é que o que você pensa, vire matéria, ação intensa. O que da vida nos fica é que toda hora, e todo momento, é a escola que não nos reprova. Só viva! 15/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Soneto: ROTINA

Os afazeres da vida Mostram-se rotina Quando não temos alavanca dos sonhos, Nossos, de ambígua vida. Da dura vida, Intenso dia, Hercúlea lida, Sombria mina. Que, sem sonho E só com a rotina, Não há o que se fazer, em molho. Em banho-maria do dia a dia. Só fica para os cômodos, O dissabor e desgosto, sua sina. 14/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Soneto: EXPIAÇÃO HUMANA

Será expiação o que o poeta vê nas ruas e Não! Pode fazer nada, em tudo que não tem razão? Será condenação, o que está condenado Sem julgamento, júri e sentença, ou petição? Se, há destraves outrora em fases De desigualdade e ignorância, Há ainda resíduo de esperança Que o hoje seja amanhã de vã insana! Mas, e se o que há na luz do sol E na lua da noite, É tanta festança? É bom festejar, Mas, pena que como ser humano, Não possamos festejar com mor mendicância. 13/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Soneto: NAMORO DA VIDA COM A LUTA

Ah! Vida inglória, que me amolas! ah! vida insana que me devora, que me elabora, enamora, em prosa. Ah, vida traída, que se esboça na lamúria perdida, no beijo dócil. Na vívida libra, nos metros de glória. Que me chama em briga, pacífica, sólida! numa mímica artística, de terra inóspita, numa cómoda lira, lírica corja. Ah! Vida de sina, de prósodia hora que se atira, que entorpece e alucina, e eu, ah! ria, a viver a arfar em poesia de Córdoba. 13/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Chapbook - Poema: Poesia em Mim

Poesia em Domínio Público - Soneto 101 - Camões

Ah! minha Dinamene! Assi deixaste quem não deixara nunca de querer-te? Ah! Ninfa minha! Já não posso ver-te, tão asinha esta vida desprezaste! Como já para sempre te apartaste de quem tão longe estava de perder-te? Puderam estas ondas defender-te, que não visses quem tanto magoaste? Nem falar-te somente a dura morte me deixou, que tão cedo o negro manto em teus olhos deitado consentiste! Ó mar, ó Céu, ó minha escura sorte! Que pena sentirei, que valha tanto, que inda tenho por pouco o viver triste? Sonetos, de Luís de Camões Texto proveniente de: A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo

Soneto: SILÊNCIO

O silêncio que avia, Dobrava as caladas vias Que, embora viesse sem alvejar rastro, Assoviava o ar por entrar nas esquadrias. O vento numa noite em prurido Adentra os aposentos e o bicho ria, Acalmava por dentro, caleja fria, O que as cortinas mostram lamento. Embora seja noite, seja madrugada Medita coração com a lua, Respira o cérebro em sedenta rua. Em que havia na máquina da vida querida Nos quereres de uma roda de torno, Qualquer alqueire de um querer tormento. 12/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Chapbook - Poema: Foi em Salvador

Crônica: Josaphar entre a Vida e a Morte

Josaphar Homerito estava tranquilo. O país acabara de bater recordes: de consumo, de compra de carros, mas, também, de dívidas e inadimplência pela classe média. Mas, ele estava eufórico. Se, tinha dinheiro mesmo via crédito, é porque o país estava bem e ele podia ficar bem. Ele, inteligente e despachado, que tinha aversão à política, mandava às favas toda e qualquer preocupação com a esfera econômica e até brincava com as notícias peculiares de corrupção que adentravam quase todo "santo" dia. Josaphar achava que o mundo sempre foi assim e sempre haveria de ser, portanto, não botava a menor fé na mudança de comportamento da sociedade, e achava besteira e perda de tempo, discutir os problemas sociais, do país, ainda mais quando num debate – que nas palavras dele era de maluco -, se defendia esta ou aquela posição política. “Vocês não sabem o que é a vida, vocês estão fora da realidade” cantava a todos os ventos para os amigos que o acompanham, e são politizados. “A vida é

Poesia em Domínio Público - Soneto 114 - Camões

Ah! Fortuna cruel! Ah! duros Fados! Quão asinha em meu dano vos mudastes! Passou o tempo que me descansastes, agora descansais com meus cuidados. Deixastes-me sentir os bens passados, para mor dor da dor que me ordenastes; então nü'hora juntos mos levastes, deixando em seu lugar males dobrados. Ah! quanto milhor fora não vos ver, gostos, que assi passais tão de corrida, que fico duvidoso se vos vi: sem vós já me não fica que perder, se não se for esta cansada vida, que por mor perda minha não perdi. Sonetos, de Luís de Camões Texto proveniente de: A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo

Soneto: PÁSSAROS

Os pássaros cantam e se encantam, Nuvens, sol, água se levantam Todo dia, toda santa luz, Ao revoar da vida, da passagem, que dança. Na dança, na lança, que voa, Na andança do horizonte, que ama. Não se esconde, se a nuvem sobre monte A respira, e o chama. Todo dia, toda noite, em seu ninho, Em seu fronte, busca seus filhotes Que comem, na palha, o que voou longe. Para que a singela esperança de que nesta manjedoura, Renasça mais uma águia, um pássaro que voe, O mais que horizonte e longe sobre o que se esconde. 11/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Chapbook - Poema: Queria te dizer

Poesia em Domínio Público - Soneto 136 - Camões

A fermosura fresca serra, e a sombra dos verdes castanheiros, o manso caminhar destes ribeiros, donde toda a tristeza se desterra; o rouco som do mar, a estranha terra, o esconder do sol pelos outeiros, o recolher dos gados derradeiros, das nuvens pelo ar a branda guerra; enfim, tudo o que a rara natureza com tanta variedade nos oferece, me está (se não te vejo) magoando. Sem ti, tudo me enoja e me aborrece; sem ti, perpetuamente estou passando nas mores alegrias, mor tristeza. Sonetos, de Luís de Camões Texto proveniente de: A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo

Poema: FILOSOFIA DA VIDA II

FILOSOFIA DA VIDA II O calor do momento, Frio de esquecimento, Que a vida nos remete A todo e farto fácil momento. O dia de hoje, outrora foste Aurora de ontem, Que permeia futuro amanhã. Para de manhã começar tudo como se fosse longe. 10/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Chapbook - Poema: Mínima Beleza

Poema: FILOSOFIA DA VIDA I

FILOSOFIA DA VIDA I A vida que vos fala, É a vida que se cala, Diante da espada, Da claridade em favas, Da imensidade que o dispara, Do coração de quem declama, Ou se mata com a clava. 09/08/2011 Copyright © 2011 Diego Fonseca Dantas

Poema: NAS PALAFITAS, INEXISTE

NAS PALAFITAS, INEXISTE* Nas palafitas dos Alagados Lembram-me pior do que a casa de barro, Pior do que a pior casa do aprisionado. Com baixa dignidade, inexiste qualquer IDH, Insiste qualquer ser humano vulgar Nas balbucias de um poder público E de seus administradores, Que não andam e não vão lá. São os verdadeiros ignorantes. No sentido de não saberem, e não se fazer educar. No sentido de não conhecerem à realidade, Ou, o que é pior: de desconhecerem-na. Para satisfazerem suas benesses e articulações De terceira, advindo de terceiros. Ah! Quando os palácios se alagarem Na sua própria lama E decorrer dela, Sua própria Câmara De retransformação... Nem que para isso, Tenha que haver a derrubada da última pedra, Da fundamental, Essa mesma Que foi feita por àqueles Que vieram das palafitas, E nem puderam, Por não existir pedra alguma, Só madeira, tábua velha, Suspensa por Deus E pela natureza da água, Do Rio, que inexiste Uma moradia digna como manda a

Poema: CAPITAL

CAPITAL* O Capital é fruto de toda ideologia (não é só um modo de produção?) De que tudo se resolve pelo privado, Que é animal, irracional de pretensa razão. É preciso terminar com essa inverdade, Uma vez que ela é e, desencadeia, toda retórica covarde, De que todos atingirão o ápice, E o dinheiro; mentira infame tingida na nossa lápide. Para que ter desigualdades na partilha da renda, Se o mesmo é fruto do trabalho de todos, Operários, trabalhadores, e sem eles, Não há lucro que haja, que não seja... Deste grande fruto, suor que transforma o valor de uso. É balela, levar como comédia esta tragédia Que nos acomete. Que todos os dias tira o nosso sangue, Nossa inteligência, E até, nossa morte com dignidade em uma vida de... Mercadoria humana no consumo de poucos, Da maioria dormente em festa. (O capital, "nesta vida"com toda certeza, é o nosso maior pecado capital). 19/06/2011 *Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional -

Poema: OS SENTIDOS DA VIDA

OS SENTIDOS DA VIDA* Vivemos um sussurro do mudo, Uma cera do surdo, Um toque de sem tato, Um desdém de um coração fraco, Um penar de uma consciência farda, Qualquer sentido de ares de farsa, De paladar sinestésico de comida vaga. Um piscar de cego de grau elevado. Um odor de qualquer olfato enjoado. Uma vida sem sentido real. De viver muito exato. 20/06/2011 *Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ

Poema: PIRATAS PÚBLICOS

PIRATAS PÚBLICOS* As flamas, dos piratas Que usurpam nosso ouro Que é a nossa educação, Nosso conhecimento, Na mão de poucos. Só uma ruptura é capaz De sair dessa tenra ternura, E descambar para um revolto, Uma nova estrutura. Ao exterminar os ratos larápios Dos cofres públicos, Damos sobrevida Ao nosso orgulho. Que por ele, Não passa qualquer ato espúrio. Qualquer gama de corrupto. 20/06/2011 *Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ

Poema: VIDA QUE SE...

VIDA QUE SE...* A vida que se dissipa, Que se vaticina, Que se vacina, Que se mumifica. A vida que se festeja, De barriga cheia, De certeza, Às suas incertezas feias, e "ínfimas”. A vida que se almeja, Que se sonha, Que se encontra, Que se vocifera, Que se mostra, Que se espera Sem saber Quando vem Certa. A vida que se vive, Ou se morre, Decide-se, Comove-se, Desespera-se Chora-se, Consola-se, Luta-se, Para que nunca lhes conforme. (Vida que segue...) 20/06/2011 *Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ

Poema: ESFERA

ESFERA* Na esfera que nos treme Em nossa vida mestra, Esperamos mais que a festa Esperamos a primavera, Que se completa, Esmera-nos, Tranquiliza Em meio a uma vida de feras. No quintal do limo, Do manguezal, Da manga, Verde, Saiu-se podre Pela mão dos que julgam-se Donos da terra, de seus recursos, E, o escravo jaz. Somos escravizados em um sistema torpe, Sem rumo, aos que do seu topo e reino, não jaz. 20/06/2011 *Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ

Ensaio: A tomada da Práxis pelas entranhas do Capital - O Mercado Financeiro

Nas entranhas do Mercado Financeiro O Mercado. O Mercado Financeiro é a maior ciranda férrea de oposição a outra ordem, que não seja à capital, e sua internacionalização no século XIX, culminando na economia global entre os diversos mercados, integrando o mercado monetário, de câmbio, de crédito e de capitais, seja em organismos escriturários e mecanismos somente possíveis com o advento evolutivo constante da eletrônica e da tecnologia da informação, que reagem – de forma opositiva e múltipla-dinamicamente -, com a fuga de capitais de um estado soberano a outro. Esse dispositivo capital coloca qualquer ameaça, com resposta imediata, em qualquer ponto global ao ser tocado pelo seu dispositivo-mestre: a especulação financeira. Ao soar do dispositivo especulativo do dito livre mercado, o câmbio da nação em questão desvaloriza, a moeda local derrete e destrói-se base monetária; a Bolsa despenca em pontos em inúmeras transações negativas; os conglomerados produtivos das principais empre

Artigo: A estabilidade só serve para se projetar

O Brasil hoje, mesmo difuso em relação às suas tortuosas lombadas políticas, falta de ideologia, de programa e de projeto, têm se mostrado refém do seu próprio momento: a sua estabilidade - ameaçada por um súbito de inflação crescente em doze meses, mas que se mostra em curva descendente -, trazendo à tona um traço característico muito comumente associado a esse status – atual político e econômico -, mas que não tem nada a ver com a palavra em destaque: a comodidade. E o pior significado da palavra no contexto em questão: a comodidade política, frente a inúmeros, diversos, mas vincendos recursos, e sem o principal deles: a educação de seu povo e de sua sociedade. Ressalvadas às críticas desta política econômica, com absorções e alavancas características e peculiares ao modus operandi brasileiro, mas alinhada a ordem econômica do capital mundial; o Brasil tem riquezas naturais submersas e tragadas por infindáveis, mas um dia finitas jazidas; por um campo vasto de agropecuária em todo

Poema: VIVA SÃO JOÃO

VIVA SÃO JOÃO* São João São Quentão, Canjica, Arroz doce, Milho assado, Cocada, Bolo de tapioca, Balão, Espadas, Aquele forró, Quente, No frio Da fogueira, De calça, E camisa de botão. Ah, São João Bom, Da Bahia, Do Nordeste, Dos bairros da “Capitá”. Do interior do mugunzá Todo o Vinte e quatro de Junho, É São João rico, Folclórico e lúrido! Êta São João. Do forró, Do licor, De jenipapo, de passas, De maracujá, e tudo o que se provar, Daquele bate-coxa De todo interior. Viva São João! São Pedro Com a forrozada, regida pelo triângulo, pela sanfona, Puxa o fole, Sim Senhor! 19/06/2011 *Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ

Artigo: Um governo condenado à governabilidade

Nosso presidencialismo de coalizão, coloca qualquer governo com heterogênea aliança comprometido a seu projeto de campanha, partidário de poder e de governo, às voltas com os partidos aliados em busca de uma composição articulada para defender o governo de certeiros ataques ao decorrer do caminho e mandato, como também, “deliberar” sobre os projetos de seu interesse, e gozar e manter (mais difícil) de que aqueles estejam alinhados ao mesmo. Mas, é de se notar que no caso do PT, que está no seu terceiro mandato, é como se estivesse no primeiro, já que pode-se perceber hoje que o cenário e a história vêm se mostrando bem diferentes, com sua aliança preferencial e estratégica desde a campanha - com o Partido do “Movimento Democrático Brasileiro”, o PMDB. Aliar-se ao PMDB, logo na campanha, pode ter sido ponto pacífico na mesa de negociação e nas análises dos estrategistas partidários, além do Lula, seu precursor, mas arrendou de vez a margem de manobra de poder, haja visto o clube de prof

Poema: É PRECISO ENQUADRAR

É PRECISO ENQUADRAR* É preciso enquadrar, Mesmo que seja nosso amigo, se precisar, Se necessário for, mesmo que custe à carne, Que ali está. É preciso enquadrar o governo, Parte dele, que não aja direito. Parte dele, que não nos dá o que está no Direito. Parte dele, que nos escarnece risonho, com tanto dinheiro. É preciso enquadrar o mercado, Seus agentes, que querem agir no piscar de olhos, À luz do dia, às escuras de quem fecha os olhos no Estado. É preciso enquadrar toda ignorância, Mesmo aquela, que se diz santa, Aquela que se diz mantra, Aquela, que não nos ensina, porque não nos encanta. É preciso enquadrar os alienados, Dando-lhes a oportunidades de aprender E ser crítico e ator de si mesmo e socializados. É preciso enquadrar a falta de vergonha, De amor, de valores, e de coletividade Que o consumo exagerado nos consome. É preciso enquadrar as mentiras e inverdades ditas como verdade, Enquadrar os canalhas, os covardes, E os que não assumem sua fun

Poema: VI, DA VIDA FERINA

VI, DA VIDA FERINA* Vi, da vida Vida e viva! Sina querida, Ação desmedida, Política sem mínina, Só a mina pessoal e libertina. Consciência ínfima, Alienação tão repetida, Cansativa, inócua, Para os que amam de verdade a boa política. Vi em sina, Vivo na sina, Das trilhas da alienação, Que me mimam, Que me querem, E eternizam, Mas com a ponta da faca, Aguda, Estraçalho, Com pecados, Com a lâmina aguçada, Da minha língua ferina. 19/06/2011 *Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ

Poema: AUDIÇÃO DA ESPERANÇA

AUDIÇÃO DA ESPERANÇA* Quando ouvir falar em você, Não mais sabia o por quê? Por que será? O que aconteceu? Quem padeceu? O que sucedeu? Não sei, não sabemos. O mundo está sumindo, Está sucumbindo, Mas há esperança. Ainda no coração de alguns. Que dependem da ação, Da motivação, Do ímpeto Que barre, Tudo o que é desigual, Mortal, Para o Social. 08/05/2011 *Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ

Poema: BRIGA COLETIVA

BRIGA COLETIVA* Vamos brigar que pelo é nosso, Vamos sonhar fraterno em luta e próspero. Vamos sair do assento e buscar nossa ferida Nos centros, No interior, No limbo e limo Que vivemos. Vamos lutar, Vamos acabar, Com o que nos acaba, Para não acabar, Com nós mesmos, Em “morte matada”. Vamos lutar e fazer caírem em “morte morrida” Os nossos problemas e lástimas sociais, E fazer disso, nossa causa, De vida, de morte, que seja revolucionária! 08/05/2011 *Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ

Poema: VAZIO DE PODER

VAZIO DE PODER* São muitas dúvidas, Muitos assuntos, Muito engabelar. Sudorese e tormento. De quem mente no centro, Acorda sedento De poder, De força, Que não tem, Por dentro. É muita falácia, Daqueles que se escondem por Nada. E necrosam a vida, Às pessoas, Em nome de tudo o que querem, De tudo que meça poder, Quando não se olha no espelho, Porque não se vê no nada. 08/05/2011 *Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ

Poema: SOU POETA

SOU POETA* Sou poeta, Da caverna, Das ruas, Do beco, Do boteco Da relva Na selva Que me cerca. Sou poeta Das travessas, Das cidadelas, Da cidade muda, Fantasma, Que só enxerga, A cegueira certa. Sou poeta, Do que não sou, Do elevador, Que sobe Que desce, Do prédio Que se estremece Do que somos, Da vida, Muitas vezes, De muitos, Sem alicerce. Pois não há pensar E conhecimento que o cegue. Sou poeta da utopia, Da realidade Nua e crua, Falando para alguns E ouvindo, Os que de mim, Fazem alarde. Sou poeta, Estou poetando. Sou poeta, Sonho lutando. 08/05/2011 *Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ

Artigo: A Tomada e Luta pela Classe Média

A conjuntura política e econômica atual, com a entrada de 30 milhões ao advento da Classe Média, está provocando um alvoroço nas grandes tomadas de decisão na cúpula dos Partidos Governistas quanto da Oposição, em destaque nacional e como sempre, nas entranhas do PT e PSDB, seguido em outro escalão por PMDB e PSB. E uma novidade reencarnada: o PSD, partido criado por Kassab, que ainda procura se oficializar com a obtenção de 500.000 assinaturas pelas várias unidades federativas, para o seu registro junto ao TSE. No PT, Lula há muito, já entrou em campo, saindo de sua rápida quarentena, e já está matando as saudades das reuniões e da política viva no Instituto Cidadania em São Paulo, articulando e coordenando as alianças municipais, principalmente com foco nas grandes capitais, e conta com a pesada máquina política do Planalto. O PMDB, já se articula com nomes, que pretendem fortes para disputar palmo a palmo com o PT, sendo que já prevêem que sairão dessa disputa com menos postos nas

Poema: TRILHA

TRILHA* Na ladeira da trilha, Só se sabia o que se fingia. Caia-se sobre as sesmarias, Fingia o que se sentia, Mentia sobre o que se podia, Queria para o que se ria. Para sobreviver, ou então, Seria mais um que sobreviveria. 08/05/2011 *Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ

SEM ACALANTO OU ALENTO

SEM ACALANTO OU ALENTO* Às agruras do acalanto, A corda que se solta, O político faceiro que se apavora. A patuleia que o destrona, É a que se derroca, Que se levanta. A choldra que se encanta, Que se engana, Que se apavora, Com o faceiro, Sem o povo, o derroca Destrona e engana, Sem nenhum acalanto, Ou sequer alento. 03/05/2011 *Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ

Comentário: Um ano de Blog Condor da Poesia e Prosa Política!

Hoje faz um ano, que estamos no ar. Na rede. Que estamos no campo das ideias. Seja com Poesia - e foram muitas-, Ensaios, e Artigos políticos, o Blog conseguiu atrair em muitos, com certeza, a empatia como a crítica, o que para o Blog, é de muito conforto e orgulho, para mais essa ferramenta de Comunicação e Divulgação de Arte, como é a milenar arte da Poesia. Como é a mais que, contemporânea expressão de ideias, fatos e argumentos, como os artigos deste Blog. Este momento é mais que motivo de orgulho, ainda mais constando, hoje, o Primeiro de Maio. O Dia Internacional do Trabalho. Do Operário, tão citado e "recitado" no teor deste Blog, principalmente na Poesia Social e Condoreira do mesmo. Abraços e Obrigado pela constante visita e interação. Editoria Condor da Prosa e Poesia

Poema: ESTUPOR

ESTUPOR* Estuporou A vida, O amor A avenida No adorno Nas vicissitudes Do agouro. Da quietude Do lavadouro Da mesmice Da vida E da avenida Dos vícios De uma vida Que arqueja Lampejos E míngua de sabor. Por enquanto, Estuporou.. 29/04/2011 *Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ

Poema: QUERIA TE DIZER

QUERIA TE DIZER* Queria te dizer, O quanto amo, Você! E, como amo o mundo, O ser humano, Apesar das críticas, Que faço e tenho a fazer. Mas, sou apenas um poeta, Baiano, carioca, e brasileiro. E tenho sangue nas veias Muita utopia no coração, Muita ação na centelha! Meu fôlego e resistência são grandes, Mas meu cansaço também é constante. Apesar de todas as imperfeições, Queria te dizer, vida! Que não abro mão, de te viver! Queria te dizer, que não abro mão de te amar, De te respirar, brincar, cantar, comer, beber, Cantar e correr. Afinal, o “o sonho (tudo) não vale à pena se a alma não é pequena”? Por isso e apesar de tudo, queria te dizer, que amo você. 28/02/2011 *Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ

POEMA POLÍTICO (O SOPRO À CONSCIÊNCIA) - 11º ATO - FINAL

POEMA POLÍTICO (O SOPRO À CONSCIÊNCIA) - 11º ATO* Estou politizado! Estou a esperançar sobre o que ainda está errado. Sou centauro, Lutando contra o minotauro, Chacoalhando os que aí estão em sono profundo e manso! Achacados! Estou soprando, com vontade, Até meus pulmões, Transcender meu coração, Em píer e montes! Estou universalizado, Vivo pela democracia a lutar com unhas e dentes E combate violento, sobre o histórico errado! Estou gritando, pois com tanta mansidão, É preciso inflamar, em qualquer mínimo lugar Que seja um palanque! Estou politizando, Porque vivíamos nas ágoras da Grécia Discutindo, debatendo e conjecturando! Estou às vias de fato! Em busca do fato! Em busca de arrancar todo o ferimento social Com a consciência de todos nós, desde e sempre, iguais, Estou terno, Buscando firmeza sem despautérios! Estou firme como rocha, Vivendo terno, com o meu terno! Mas simples, como os velhos. Sou metal, Vivendo forte e duro Nas convicções, in

POEMA POLÍTICO (O SOPRO À CONSCIÊNCIA) - 9º ATO

POEMA POLÍTICO (O SOPRO À CONSCIÊNCIA) - 9º ATO* Estou a esperançar, O que minha esperança, Teme em falar. Sou um menino e homem, Menino quando sonho E homem quando luto, Mas precisamos sonhar juntos Para fazermos o luto dos quem nos zombe, Tome-nos à cama, além dos sobejos àquele pão de fome. Só juntos, Faremos jus aos muitos, Que lutaram E avançaram No que esta democracia é hoje, Apesar de o social estar em esconjuro. Luto Luteis Lutemos Para não lutares a luto. - Esse mesmo, que não parece Estar em jugo, assim está, Além de nós, em subjugo - Vai esperança Na política E no sopro, para sonho de alavanca! Retornou-me a fé, Altivo, esguio e de pé. 13/04/2011 *Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ

POEMA POLÍTICO (O SOPRO À CONSCIÊNCIA) - 8º ATO

POEMA POLÍTICO (O SOPRO À CONSCIÊNCIA) - 8º ATO* Estou encorajado, Volto a esbravejar, Sobre o que está errado! Sobre o que está ao lado, Estou às vias de fato, Nada calado, Pois meu sangue é fruto do Brasil, De tanto, e pranto e de histórica coragem! Vamos bradar e ironizar Ainda tens conserto, Político, Ainda tens brios, Povo! Ainda tens vergonha Sobre as peçonhas, Se sua língua fadada, sempre com fome, E seu país, esta parca vergonha! Sabemos! Aprendemos! Lutemos! E... Para vivermos. Vamos tomar-lhe às vísceras deste sistema político, Vamos ser viscerais, para cobrar este litígio! Não podemos ser mais brandos, lenientes Em nosso próprio estampido! Vamos aparecer na mídia, Vamos aparecer na praça em vigília! Vamos se conscientizar, de uma vez por todas, Que a política é a veia, e a via para esta e para suposta e possível vida! Vamos ser brasileiros E tomar o que nos é de direito! Vamos tomar o que é nosso? No congresso, Na assembleia, Na câ

POEMA POLÍTICO (O SOPRO À CONSCIÊNCIA) - 7º ATO

POEMA POLÍTICO (O SOPRO À CONSCIÊNCIA) - 7º ATO* Dor, Solidão... Paixão Amor, Tesão Por um mundo Melhor, Ou não. Que força é esta, Que nos deixa por brechas, No brechó da vida, Da certeza e da merda. Que tanta escuridão na política Causa-nos sopro gordo Da exaustão de uma esperança ínfima! Que nossas orações sejam ações, De um povo com vitória inglória e tímida! Ou cairemos numa espécie de cataclismo, Ou eclipse em que a luz e a escuridão, Interroga a escuridão e beleza da vida. Se política é política e tudo é política, Todas as cores e, portanto todas as luzes, Encontram-se na luz que nos mimetiza. Para que se esgotar Se talvez, por anos, Há de se acabar, O que o indivíduo toma por ele, Como dele, e o que o dos outros, há. Cairão as luzes, Se não entendermos que a verdadeira democracia, É a que se criam pontes, e não “desbundes”, que mesmo usamos, Como nosso desmonte insano. Vamos aplicar o método Paulo Freire, Para ser alfabetizados com a pol

POEMA POLÍTICO (O SOPRO À CONSCIÊNCIA) - 6º ATO

POEMA POLÍTICO (O SOPRO À CONSCIÊNCIA) - 6º ATO* Estou dilapidado, Pelos políticos, quando ao mesmo tempo, junto com os demais exilados! Deste mundo, deste panorama Deste inferno ao quadrado... Somos comparsas de um sistema desuniforme! De muita crença de que um dia ou não, isso explode. Não há mais o que falar para algo que venha, Ou que - de imediato - nos socorre. Estou dilapidado. Você está? Com o agora, ou com algo, que por milagre, ainda rememore? Estamos dilapidados. Execrados Exonerados Encampados Molambos Necrosados De forma uniforme. (somos atores coadjuvantes e figurantes neste ato) Esquizofrênicos de uma “carpe diem” involuntário e incessante. Sem remédio, sem zorra alguma, e delirando em um “foda-se” desconcertante. (Não deu para me censurar, desta vez). Humilhados. (em todos os atos). O cabresto É a mania do encabrestado. Ser feliz é que nos basta. Bastardos. Soprados. Animados. Somos apócrifos da política e da nossa vida. Mas isso não i

Poema: POEMA POLÍTICO (O SOPRO À CONSCIÊNCIA) - 5º ATO

POEMA POLÍTICO (O SOPRO À CONSCIÊNCIA) - 5º ATO* Estou em vias de fadiga, E não às vias de fato! Estou fadigado, Será que a Política realmente resolve tudo e todos os problemas? Ou a culpa é dos políticos que resolvem seus interesses, nosso fardo? Nas pirâmides e castelos que olham aos estéreos, Da política e da consciência deste mundo e inferno, Nada se pode levantar, a não ser prata deste mar, Ou ouro de um novo Carajás, da Serra Pelada ou de outro Eldorado de Marajás! Cadê todo mundo, Será que estão a sós pelo submundo? Será que estamos nos nós deste norte maribondo? Cadê o moribundo? Estarás com o pires na mão nas próximas eleições, de pronto? Estarás a nos escarnecer e rir da nossa cara, E da nossa alma que não mais quer o confronto? Até onde vai este cerne do meio? Até aonde vai o moderado que tudo fala, o que o ouvido atrai o cheiro? Até onde vai o determinado centro? Que está tão em voga e nos destrói, por dentro? Por que ninguém fala mais a verdade no