SOU CONDOR (Poema já publicado aqui, neste Blog, mas o mesmo se encontra revisado na publicação abaixo). Sou o condor da lareira, Sou o fogo que cospe a fumaça desta beira, Sou o albatroz, vejo, de cima, o que está abaixo de vós, E o que está nesta pirambeira. Sou a águia que bica a si mesma e encontra mais garras e asas, Que se reconstrói no velho e renova suas alçadas. Sou o mesmo condor que olha para o seio social, E, em meio ao desencanto, toma a terra como a sua natal, Se indigna na dor, na chuva e no desleixo dos governantes, nesta cela mortal. Sou o que grita, sem gente, o que apanha como delinquente, O que clama por justiça ao povo latente, e ao povo, mormente. Sou o que grita enjaulado, com fome e com sede de macho. Sou o que não se contenta com pouco, com esmolas, com pena e tampouco Ao não ter nada e ao ver meus irmãos em palafitas desta fragata, Em ver lixo disputado como alimento nas calçadas, Em ver indiferença da gente que não olha para nada, E cru
Artigos e Ensaios de Ciência Política. Ensaios Morais e sobre Cultura e Arte em geral. Poesia Brasileira.