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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Poema: SOU CONDOR

SOU CONDOR (Poema já publicado aqui, neste Blog, mas o mesmo se encontra revisado na publicação abaixo). Sou o condor da lareira, Sou o fogo que cospe a fumaça desta beira, Sou o albatroz, vejo, de cima, o que está abaixo de vós, E o que está nesta pirambeira. Sou a águia que bica a si mesma e encontra mais garras e asas, Que se reconstrói no velho e renova suas alçadas. Sou o mesmo condor que olha para o seio social, E, em meio ao desencanto, toma a terra como a sua natal, Se indigna na dor, na chuva e no desleixo dos governantes, nesta cela mortal. Sou o que grita, sem gente, o que apanha como delinquente, O que clama por justiça ao povo latente, e ao povo, mormente. Sou o que grita enjaulado, com fome e com sede de macho. Sou o que não se contenta com pouco, com esmolas, com pena e tampouco Ao não ter nada e ao ver meus irmãos em palafitas desta fragata, Em ver lixo disputado como alimento nas calçadas, Em ver indiferença da gente que não olha para nada, E cru

Poema: ODE A VERDADE SOCIAL À INVERDADE CAPITAL

ODE A VERDADE SOCIAL À INVERDADE CAPITAL* (Poema já publicado aqui, neste Blog, no entanto, o mesmo se encontra revisado na publicação abaixo). Quando vejo penumbra, vislumbro luz, Quando vejo desilusão, vislumbro esperança, Quando vejo a eminência do capital, vislumbro a ascendência do social, Quando olho o horizonte, vejo o amanhecer, Quando sinto o calor escaldante, sinto o frescor resplandecente. Corro dos meus medos, almejo meus anseios, Vejo minha estória e história esculpidas na rocha, Vejo o que ninguém vê, o que ninguém ouve, O revoar dos pássaros, o canto dos monges, Vejo pouca informação, frente ampla, desinformação, Vejo aspirantes ao trono, submersos no porão, As coisas que saem do lugar e remetem à escuridão, Os homens que envelhecem e morrem na ralé da memória e da emoção De uma história remendada, conivente com os altos coronéis, Da história volumosa, exposta nos incontáveis papéis, Colocam-nos como reféns e cegos deste nosso convés, Presenteiam-nos

Ensaio: A tomada da Práxis pelas entranhas do Capital

O Partido Político e os Movimentos Sociais Ao prospectar a conjuntura atual à sua estrutura política, econômica e social e evolução histórica dessas matrizes, compreendemos que às mudanças à frente à tomada da Práxis, se colocam como uma luta de propósitos e desafios incomensuráveis. Mesmo, durante e após, os desígnios e reflexos dos resultados lentos da educação popular (constante) - pelo condicionamento sócio-crítico -, pela tomada da Cultura de Arte e de Massa – pelos artistas e intelectuais -, e pelos Meios de Poder econômico e de decisão: Os meios de administração – pelos novos administradores sociais. Urge ainda também, acelerar o pavio do estopim, e dinamizar as mudanças estruturais, pelas tomadas das vias políticas e sociais. O partido político é um meio importante e estratégico – ainda mais em uma democracia - mas não é o que se sagra como o trator e decisivo decisor para as mudanças estruturais no campo econômico e social da nação, de modo a arrefecer o modal capital. Os

Artigo: Agora, jaz o momento: Fórum Social e Econômico

No momento em que temos o Fórum Econômico Mundial, em sua sede permanente, no "Clube dos Ricos", em Davos na Suíça, que serve de aparelho e agenda para o G20, deveríamos estar pensando o mundo – cada vez mais multipolarizado – de forma mais inteligente e menos ingênua. Por exemplo, este fórum, é um centro de discussão, e não de decisão, quando deveria acoplar e articular às duas cadeias, formando assim a cadeia-mor, a estratégica de um novo mundo, às suas oportunidades e seus desafios. Segundo, já deveria este, se agregar ao Fórum Social Mundial – que ocorrerá em Fevereiro em Dakar (Senegal, África), que hoje, serve como seu contraponto, quando deveríamos elencar irrevogavelmente, seus interlocutores e organizadores a estarem em um mesmo Centro Mundial, discutindo os problemas e soluções das esferas: econômica e social. Não existe um, plenamente, sem o outro. O Fórum Econômico deveria saber (aplicar) isso. Quem sabe, a evolução histórica obrigará – sob pena de afundar o mun

Artigo: Pelo Voto Distrital Misto - com Lista Aberta

Estamos no Brasil, e convivemos com 27 unidades Federativas e Estados distintos em peso econômico e político, além é claro, do viés geográfico. Se for para falar de Reforma política, precisamos entrar nessa discussão e nas nuances do Brasil, hoje, com suas qualidades e contradições. Não dá para convivermos com esse sistema eleitoral, onde o voto é somente proporcional, porque dispersa o poder de representação, que o eleitor, legitimamente, dá ao representante parlamentar. Não dá para se conviver com uma ideia, por exemplo de que um eleitor da cidade de Itabuna no interior sul da Bahia, acabe tendo como representante um deputado federal de Salvador, sabendo-se que a distância de conhecimento e visibilidade crítica do escolhido à sua cidade e região (Distrito), normalmente e de certo, terá a mesma distância geográfica dos 400km entre ambas. Apesar de grandes metrópoles, uma da capital, outra um pólo industrial da região cacaueira, as necessidades de ambas, emergenciais e estratégicas e

Poema: POETA INFLAMADO E ÉPICO

POETA INFLAMADO E ÉPICO* Sou poeta épico, Poeta social e humano, Que critica o que vê, E o que age em ação, Mas não poderia ser diferente. Virgem de nascença, Peixes de ascendente, Galo falastrão, E que me traz a eloquência. Sou inflamado mesmo, Gosto de debater o errado, E o que está escondido e jogado ao chão. Sou entre os nascidos em 11 de setembro, Sou poeta épico e escrevo de modo intenso e imenso, Sou épico, virtude e riqueza da língua portuguesa, Com seu universo esplendoroso de letras, E seu mundaréu para meus pincéis e canetas, Para pintar e confeitar meus sonetos e poemas. Sou épico, pois meu lirismo precisa de sustento, Das letras deste alfabeto e desta língua que saboreio, E que mesmo com tantas tortas bocas nos traz muito alento. Sou épico, nesta epopeia, nesta prosopopeia, Nas figuras de linguagem, nas regras e licenças que aqui se alargam. Sou amante da língua e do português, Sou amante da norma culta e do novo, Mas incendeio-me quando a

Poemas no Portal Literal!

Oi Pessoal, Os meus três poemas postados no Portal Literal( http://www.portalliteral.com.br/ ), conseguiram obter mais de 20 votos e desta forma, permanecerão no Banco do site, Portal Literal! Todas tiveram boa receptividade, e só tenho a agradecer o carinho dos que votaram e às mensagens de apreço aos poemas. Segue os links dos poemas abaixo: Compasso da Sobrevivência, com 24 votos. http://www.portalliteral.com.br/banco/texto/compasso-da-sobrevivencia Anestesia da Rotina, com 26 votos. http://www.portalliteral.com.br/banco/texto/anestesia-da-rotina Bahia, Ê Saudade!, com 20 votos. http://www.portalliteral.com.br/banco/texto/bahia-e-saudade Abraços,

Poema: BAHIA, Ê SAUDADE!*

BAHIA, Ê SAUDADE!* (Já publicado, aqui, neste Blog). Dizem que a Bahia é só festa, é só carnaval, Tenho por ti tanto orgulho, tanto amor colossal, Terra abençoada, de Todos os Santos, da capoeira e do berimbau, Terra dos Intelectuais e Gênios da Música, Da Arte e de um contraste muito igual, De Caetano, Gil, Carybé, Caymmi, João Gilberto e Raul Seixas, De Tom Zé, Neguinho do Samba, Tatau, Brown, Dos Novos Baianos e de Morais Moreira, Terra dos escritores e poetas, desta boemia e espontâneo desembaraço, De Ruy Barbosa, Castro Alves e do Infernal Gregório de Mattos, De Capinam, Ubaldo Dantas e do nosso Embaixador Jorge Amado. Terra da maior influência negra do Brasil, Berço da cultura afro, do acarajé, do abará e do vatapá, Das danças, do samba reggae, do axé e do Trio Dodó e Osmar, Terra que tem o Olodum com seu batuque único e a beleza do Ilê Ayê, Do afoxé e da cultura afro, na arte eterna de Pierre Verger, Terra que tem Itacaré, Comandatuba, Prado e Morro de São Pa

Poema: COMPASSO DA SOBREVIVÊNCIA

COMPASSO DA SOBREVIVÊNCIA* (Já publicado, aqui, neste Blog). Quem sobrevive, perece, não vive. Quem sobrevive, não pede, não pensa, não assiste. Quem sobrevive, não mede, não mensura, não decide, Não remete, não se faz por vontade própria, não quer E não se faz por vitrine. Quem sobrevive não escuta, não estuda, se omite. Quem sobrevive não se preocupa, só atende, é triste, Não tem desejo, vive no breu que só lhe permite. Vive atrás, sendo braço, sem ser mente, não se dirige. Quem sobrevive não tem paz, só corre, não explode, Só torce, pro seu time. Quem sobrevive não se governa, só espera, Só destina-se, não insiste, Não tem tempo, não tem alento, Só vê o seu sustento, seu maior crime. Quem sobrevive, só anseia, só caminha, Não tem conflito, não tem crise e não existe. Quem sobrevive tem subemprego, em desespero, Para o bel-prazer dos três poderes, do quarto e da elite. Quem sobrevive vive em parte, sem o todo, Sem bolo, sendo o bobo da corte, com o corte do

Poema: ANESTESIA DA ROTINA

ANESTESIA DA ROTINA* (Já publicado, aqui, neste Blog). Acordo e brigo a todo instante com esta rotina sem propósito. Vivo em desconsolo, sou amante atônito, Sendo assediado moralmente pelos outros, por quem está no trono, Me desenrolo. Quero tudo, tudo de pelo menos uma coisa, Trabalho, mas quanto mais trabalho, nada vejo flórido, Sou ao acaso, voo meio cansado, Me desconsolo, quando cesso-me aos solos. Não tenho púlpito, está todo mundo surdo, Só sabem das coisas que lhes são impostas na cara dura, Sem lisura aos nossos olhos, Olhos sem retina, não vemos sequer o que se passa na esquina, Só nos tablóides mórbidos. Cadê nossa consciência? Será que só vamos submergir nesta sobrevivência? Surrado e violentado com esta demência? Mas que tanto queres e queremos neste silêncio, nesta tormenta. Viemos para este berço para quê? Somente para nos esbaldar em nosso próprio ego? Para viver eternamente em ostentoso castelo? Não, não viemos para ser meros quietos, Viemos

Ensaio: A tomada da Práxis pelas entranhas do Capital (Meios de Administração)

A tomada da Práxis pelo motor humano do Capital: A administração e os Administradores Quando olhamos para estrutura da sociedade atual, nos moldes de um sistema de acumulação de capital, ou melhor dizendo, o sistema capitalista, constata-se que entre arroubos e avanços, o administrador, pouco nadou progressivamente às mudanças reais e de alcance social, mais igualitária, nas suas nuanças de tomada de decisão em meio à sociedade. Muito em parte, porque, pelo menos por enquanto, ele não é o motor, e sim a peça desta engrenagem, ao olharmos criteriosamente que desde o século passado até os dias atuais, o quanto pouco se andou pela atuação condicionada dos administradores ao sistema vigente. Este ensaio tem como objetivo esmiuçar através do contexto histórico e contemporâneo, e de dados fidedignos e atuais, de que uma mudança estrutural na concepção da Administração serviria à sociedade com mais desenvolvimento, produtividade, corroborando para o caminho da igualdade econômica e social,

Comentário: Poemas no Portal Literal

Prezados, Tenho mais três Poemas no Portal Literal, http://www.portalliteral.com.br/. No momento, só o Poema Compasso da Sobrevivência, está na fila de edição. Para quem não sabe, quando se faz uma publicação no "Portal Literal", ela fica na fila de edição por 48 horas, e em seguida, vai à fila de votação, onde, se obtiver 20 votos, poderá ficar permanentemente no banco literário do site, à apreciação de todos. Os outros dois poemas publicados por mim (Anestesia da Rotina e Bahia, Ê Saudade!), passarão pelo mesmo processo, assim que o poema Compasso da Sobrevivência sair da fila de edição. Vamos ver como será à apreciação dos visitantes do site...até lá!

Ensaio: A tomada da Práxis pelas entranhas do Capital

A quebra da alienação à consciência – O desmonte da “ideologia” capitalista pela Indignação Antes de quebrantar a ideologia do modal capital, às pessoas da sociedade, podemos primeiramente observar o quanto todas nesse contexto, apresentam as mesmas características sociais: indivíduos preocupados com o consumo e em se auto-afirmarem no mercado de consumo através de sua ascendência na cadeia profissional – no mercado de trabalho. Outro ponto, é que por estarem tão compenetradas neste ramo da preocupação humana são, na maioria, dispersas e despreocupadas à situação política. Na verdade, elas não acreditam que sem bem-estar social possa advir do oferecimento do Estado e, sim, por seus próprios meios e senso de ambição pessoal. Em parte, e nessa conjuntura, elas têm razão. Por outro lado, esses comportamentos são combustíveis fósseis para o forno capitalista. Comportam-se, sistemática e inconscientemente, em dar subsídios incomensuráveis à malha de ferro do modal capital ao passo que pol

Ensaio: A tomada da Práxis pelas entranhas do Capital

A tomada dos Meios de Comunicação por instrumentos e Jornais Progressistas A tomada da Práxis se dá pela educação e educação popular e pelo condicionamento Behaviorista, que aqui chamamos de Condicionamento Sócio-Crítico. O pavio do estopim advém da correlação de forças entre às classes Baixas, incipientes, articuladas à classe média contra as classes de alto poder aquisitivo. Mas, como aborda Gramsci, é imprescindível a tomada do Bloco Hegemônico. De extrema e vital importância a tomada dos Meios de Comunicação de Massa, assim, como a partir dos Intelectuais e Artistas, orgânicos, à tomada da Cultura vigente. Para se corroborar com a Cultura, é preciso tomar os Meios de Comunicação. Minha alusão aqui citada, não é (mais uma vez), tomar pela força, pois de nada adiantaria isso, sem criar uma consciência e cultura para se alicerçar a práxis na sociedade. A tomada, sem uso da força, mas com agressividade cultural e intelectual, tem que ser feita utilizando-se de um meio de comunicaçã

Ensaio: A tomada da Práxis pelas entranhas do Capital

Correlação e o Embate Polarizado entre as Classes Como é que neste ensaio e na vida, tomamos a Práxis pelas entranhas do capital? Sabemos que precisamos orquestrar as forças para a tomada dos meios de Estado e de Produção, suportadas pela educação e condicionamento Behaviorista. Mas precisamos do mais importante: O estopim. A fagulha que acende e explode. Que queima e vocifera o desejo de uma sociedade mais humana. Certamente - e grosso modo - em uma sociedade que se baseia no autoflagelo e no autoprazer do consumo, essa tarefa de conscientizar o indivíduo e seu coletivo, é quase impossível. Não é impossível de fato, pois isso não se trata de matemática e de nenhuma equação lógica. Mas que é difícil, isso é. Uso de minha ousadia até para falar que se a maioria ou quase todos fossem desprovidos de bens materiais e de consumo, e que fossem desvalidos economicamente e sem emprego em contraposição à sua elite de gritante minoria, seria mais fácil atacar o moribundo. Mas não é bem assim