SOZINHO*
Estou sozinho, estou único.
Sou quem sou, não o que inventam no súbito.
Sou a sombra da noite, da boemia
E o sol nascente da lenda.
Sou sozinho, sem ouvido, só boca e só teima.
Sou Mercúrio no espaço, Plutão neste marasmo.
Sou filho do cacau, da Bahia e do interior farto.
Sou o fardo dos que alienam.
Sou a chave dos que mentem e ludibriam os fins pelos meios.
Sou o arraso de quem é frase sem sujeito.
Sou esplendor da força dos fracos.
Contra a força dos fortes que vigiam nossas veias
E as viciam pelos nossos medos.
Sou a mosca na sopa,
Sou a metamorfose ambulante,
Sou o amargo no âmago do que não deseja,
Sou mago da vida, das ideias
Contra este brejo que nos cega do êxito, sempre itinerante.
Sou a favor de mobilizar,
De lutar contra os que derrubam,
Mesmo acabando como tantos, na morte virando heróis,
Que não nos deixam nunca.
Sou a lenha da fogueira,
E a gota d’água.
Sou águia, condor, albatroz incansável,
Em voo raso pelo cerrado, pelo sertão e pela seca do necessitado,
Seca de alimento, de teto, de mínimo de dignidade para estas aldeias,
No interior, nas capitais nas ruas que vivemos e aonde quer que veja,
Localizadas tão perto de nós, mas tão longe do que somos nós,
No resto que sobra de nossas queixas.
Sou aquele que levanta do sono e mira na realidade,
Para que ela seja sempre verdadeira,
E que não haja subterfúgios, máscaras,
Ou qualquer bravata de um cara sem ética, sem moral e sem bandeira.
Sou o que pode morrer ou viver,
Se pelo eco vivermos unidos,
Brigando pelo que é, e não por esta festa,
Sem nada, sem causa, sem motivo e sem mesa.
Diego Fonseca Dantas
27/03/2010
*Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ
Estou sozinho, estou único.
Sou quem sou, não o que inventam no súbito.
Sou a sombra da noite, da boemia
E o sol nascente da lenda.
Sou sozinho, sem ouvido, só boca e só teima.
Sou Mercúrio no espaço, Plutão neste marasmo.
Sou filho do cacau, da Bahia e do interior farto.
Sou o fardo dos que alienam.
Sou a chave dos que mentem e ludibriam os fins pelos meios.
Sou o arraso de quem é frase sem sujeito.
Sou esplendor da força dos fracos.
Contra a força dos fortes que vigiam nossas veias
E as viciam pelos nossos medos.
Sou a mosca na sopa,
Sou a metamorfose ambulante,
Sou o amargo no âmago do que não deseja,
Sou mago da vida, das ideias
Contra este brejo que nos cega do êxito, sempre itinerante.
Sou a favor de mobilizar,
De lutar contra os que derrubam,
Mesmo acabando como tantos, na morte virando heróis,
Que não nos deixam nunca.
Sou a lenha da fogueira,
E a gota d’água.
Sou águia, condor, albatroz incansável,
Em voo raso pelo cerrado, pelo sertão e pela seca do necessitado,
Seca de alimento, de teto, de mínimo de dignidade para estas aldeias,
No interior, nas capitais nas ruas que vivemos e aonde quer que veja,
Localizadas tão perto de nós, mas tão longe do que somos nós,
No resto que sobra de nossas queixas.
Sou aquele que levanta do sono e mira na realidade,
Para que ela seja sempre verdadeira,
E que não haja subterfúgios, máscaras,
Ou qualquer bravata de um cara sem ética, sem moral e sem bandeira.
Sou o que pode morrer ou viver,
Se pelo eco vivermos unidos,
Brigando pelo que é, e não por esta festa,
Sem nada, sem causa, sem motivo e sem mesa.
Diego Fonseca Dantas
27/03/2010
*Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ
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