TÉDIO VIOLENTO*
Vivo momentos de tédio.
Meu maior tormento
E medo ferrenho,
Vivo me perguntando o que fazer,
Se irão me entender quando abrir os dentes.
Acho que o mundo está vago,
Evasivo e limitado,
Sem músicas de conteúdo.
Antes fosse imitado,
Sem idéias divagando pelo mundo,
E uma televisão e entretenimentos fracos.
É um tédio violento o que sinto por dentro.
É difícil sair do tédio, a televisão com cada despautério
Sem quase nada que preste, só o que a seus interesses convém.
Por que temos de pagar mais para ter uma televisão
Com um pouco mais de qualidade?
Com certeza, é mais uma das insígnias do capitalismo selvagem.
Voltemos para a música e como é triste,
Não ter mais letra que nos confunda,
Que nos toque a alma e acelere o coração, com a mente mais lúcida.
A música tem sido mais comercial,
Mas pró-mercado e suavizada: muito banal,
Claro que não se pode generalizar,
Mas é difícil ver uma mente pensante neste altar.
Realmente é muito difícil sair do tédio,
Ver a alienação tomando o novo e o velho,
Vê-lo expandir sem os menores critérios,
Vê-lo submergir numa lama num terreno fétido.
É muito triste ver tudo isto,
Não só o meu tédio, que me individualiza,
Mas o contentamento do povo com tão pouco que nos coletiviza.
É desanimador ver tão poucas frentes de cultura,
De espiritualidade, de intelectualidade que nos alimentem,
Diante de tanta farta e pouca letra, neste garrancho que nos desalimenta.
É, por vezes, um tédio ser crítico e interno,
Ver e ouvir a manipulação de um povo de intelecto, mas tão disperso,
De um povo que se deixa enganar e a eles dão o crédito.
É entediante ver pouca ou nenhuma manifestação cultural de qualidade,
Música e TV com conteúdo de verdade,
Que façam críticos, que façam entender os inimigos,
Que façam pensar como amigos, que nos faça existir como Platão,
Que nos faça exaurir o conhecimento ou o não entendimento como Aristóteles,
Que nos faça como mentes pensantes, não como bonecos alienados e pobres,
Neste dogma maçante deste que vos fala,
Em um momento de cansaço, resistência e tédio.
Diego Fonseca Dantas
10/04/2010
*Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ
Vivo momentos de tédio.
Meu maior tormento
E medo ferrenho,
Vivo me perguntando o que fazer,
Se irão me entender quando abrir os dentes.
Acho que o mundo está vago,
Evasivo e limitado,
Sem músicas de conteúdo.
Antes fosse imitado,
Sem idéias divagando pelo mundo,
E uma televisão e entretenimentos fracos.
É um tédio violento o que sinto por dentro.
É difícil sair do tédio, a televisão com cada despautério
Sem quase nada que preste, só o que a seus interesses convém.
Por que temos de pagar mais para ter uma televisão
Com um pouco mais de qualidade?
Com certeza, é mais uma das insígnias do capitalismo selvagem.
Voltemos para a música e como é triste,
Não ter mais letra que nos confunda,
Que nos toque a alma e acelere o coração, com a mente mais lúcida.
A música tem sido mais comercial,
Mas pró-mercado e suavizada: muito banal,
Claro que não se pode generalizar,
Mas é difícil ver uma mente pensante neste altar.
Realmente é muito difícil sair do tédio,
Ver a alienação tomando o novo e o velho,
Vê-lo expandir sem os menores critérios,
Vê-lo submergir numa lama num terreno fétido.
É muito triste ver tudo isto,
Não só o meu tédio, que me individualiza,
Mas o contentamento do povo com tão pouco que nos coletiviza.
É desanimador ver tão poucas frentes de cultura,
De espiritualidade, de intelectualidade que nos alimentem,
Diante de tanta farta e pouca letra, neste garrancho que nos desalimenta.
É, por vezes, um tédio ser crítico e interno,
Ver e ouvir a manipulação de um povo de intelecto, mas tão disperso,
De um povo que se deixa enganar e a eles dão o crédito.
É entediante ver pouca ou nenhuma manifestação cultural de qualidade,
Música e TV com conteúdo de verdade,
Que façam críticos, que façam entender os inimigos,
Que façam pensar como amigos, que nos faça existir como Platão,
Que nos faça exaurir o conhecimento ou o não entendimento como Aristóteles,
Que nos faça como mentes pensantes, não como bonecos alienados e pobres,
Neste dogma maçante deste que vos fala,
Em um momento de cansaço, resistência e tédio.
Diego Fonseca Dantas
10/04/2010
*Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ
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