A Oposição capitaneada por Serra encerrou sua corrida com fôlego com crescimento de 12 pontos percentuais em relação aos votos do primeiro turno, mas não emplacou os quase 56 milhões de brasileiros, que Dilma emplacou, para subir ao pódio, como a primeira mulher presidente do Brasil. Mérito para ela, para as lideranças da campanha, seus estrategistas, e especialmente para o Lula, estrategista-mor para esta empreitada conquistada em 31 de Outubro. Mas inegável, não pontuar e congratular Dilma, pelo esforço, desprendimento e luta contra o pior inimigo, que se pode enfrentar para si e para quem serve de interlocutora: a descrença e o “reducionismo” por parte dos outros. Dilma se saiu muito melhor do que muitos analistas e setores experientes da Oposição ressonavam. Ela foi à grande vencedora, sob o aspecto que no segundo turno, foi posta à prova, e em carne viva, por vários momentos aos seus eleitores. “Veio e venceu”.
Retomando sobre a Oposição, ela perdeu, mais do que por um embate com o PT e Coligação, e sim, devido à sua falta de projeto, seu desmantelado arco de alianças, e suas contradições programáticas, se é que tinham de fato, e quando principalmente, saiu de um possível debate enviesado pela razão e propositivo, para um palanque físico e virtual às escuras, com a retomada obscura e feudal de temas, como o aborto, e explorando a religião em alto grau, como se esmerando ao máximo em parecer mais religioso e devoto quando na verdade, não tínhamos uma eleição episcopal e nem para um setor ou instituição conservadora e religiosa. Era uma eleição para 135 milhões de brasileiros – para um Brasil laico, e devotado de problemas reais, que só se agravam em termos sociais, pela ótica futura.
Sobre a fala de seu pretendente ao cargo reconhecendo a derrota, reza-se em sua fala, que ele não descansaria e nem ensaiaria uma saída da cena política. Sua confissão foi para seus eleitores, mas teve um recado específico, para seu correligionário tucano de “Minas”, Aécio Neves, que desponta e principalmente, “despontam-no” como o líder natural e indiscutível da Oposição e candidato prévio para o pleito de 2014. Este “despontam-no” é providencial, uma vez que para se conquistar a hegemonia e consenso de um grupo na política, é preciso poder institucional de Estado ou de Partido, ou ser uma grande aposta de poder institucional, para além da agremiação; conjuntura esta que não responde de forma favorável para Serra, até mesmo pela discutível “validade” de suas tentativas de 2002 e agora em 2010, pela idade já avançada, mesmo considerando-a no tempo político, e principalmente sua base – essa base hegemônica, ao que sugere, não o quer mais como uma opção, para o próxima corrida presidencial. Base esta dividida, pelo poder e contra poder dos grupos mineiro e paulista, cujo primeiro sinaliza, que não quer ensaiar uma reedição tucana da República Café com Leite. Ao que cerne precisamente, os mineiros estão pautando-se por Aécio e não estão querendo mais uma vez pôr mais café do que leite. Ao passo, que o grupo paulista trabalha por Geraldo Alckmin em 2014. Por isso, Serra enfrenta uma inexorável máxima – não existe líder, sem liderados.
Prospectando o novo Governo, com a primeira mulher na maior cadeira de poder da República, acreditamos que no Governo Dilma, haverá aprofundamento das políticas sociais do Governo Lula balizadas no provável avanço da política econômica, com foco, não em um ajuste fiscal simplista, mas sim norteado na qualidade dos gastos, com investimentos, que suplantem as dificuldades para a contrapartida plena em educação, saúde e segurança para todos os brasileiros. O problema não é fazer ajuste, forte ajuste ou se fazer uma política fiscal expansionista. O mote central da questão é o gasto ser parte de uma máquina efetiva nos serviços públicos, além de termos investimentos em infraestrutura, no setor produtivo e na expansão de empregos; fazer à entrega do saneamento básico para todas as moradias e erradicar a pobreza. A “política expansionista”, que temos que lutar, como sociedade civil e Estado, para direcionar o Governo, é revolucionar, dar dignidade, e igualdade de condições e oportunidades para todos os brasileiros e para as vinte e sete unidades federativas do nosso país. A expansão, que queremos mesmo, é a universalização da educação e saúde pública e de qualidade para um só Brasil, e não fragmentado nos vários Brasis que temos hoje. Esperamos piamente, com a caixa de pandora que ainda temos em mãos, mentes e corações, que tenhamos essas premissas como verdadeiras metas a serem perseguidas, e como baluartes para o nosso desenvolvimento, para que sejamos uma democracia mais coesa e justa socialmente. Tomara - torceremos e façamos nossa parte como sociedade - que este prospecto de hoje, vire realidade amanhã.
Retomando sobre a Oposição, ela perdeu, mais do que por um embate com o PT e Coligação, e sim, devido à sua falta de projeto, seu desmantelado arco de alianças, e suas contradições programáticas, se é que tinham de fato, e quando principalmente, saiu de um possível debate enviesado pela razão e propositivo, para um palanque físico e virtual às escuras, com a retomada obscura e feudal de temas, como o aborto, e explorando a religião em alto grau, como se esmerando ao máximo em parecer mais religioso e devoto quando na verdade, não tínhamos uma eleição episcopal e nem para um setor ou instituição conservadora e religiosa. Era uma eleição para 135 milhões de brasileiros – para um Brasil laico, e devotado de problemas reais, que só se agravam em termos sociais, pela ótica futura.
Sobre a fala de seu pretendente ao cargo reconhecendo a derrota, reza-se em sua fala, que ele não descansaria e nem ensaiaria uma saída da cena política. Sua confissão foi para seus eleitores, mas teve um recado específico, para seu correligionário tucano de “Minas”, Aécio Neves, que desponta e principalmente, “despontam-no” como o líder natural e indiscutível da Oposição e candidato prévio para o pleito de 2014. Este “despontam-no” é providencial, uma vez que para se conquistar a hegemonia e consenso de um grupo na política, é preciso poder institucional de Estado ou de Partido, ou ser uma grande aposta de poder institucional, para além da agremiação; conjuntura esta que não responde de forma favorável para Serra, até mesmo pela discutível “validade” de suas tentativas de 2002 e agora em 2010, pela idade já avançada, mesmo considerando-a no tempo político, e principalmente sua base – essa base hegemônica, ao que sugere, não o quer mais como uma opção, para o próxima corrida presidencial. Base esta dividida, pelo poder e contra poder dos grupos mineiro e paulista, cujo primeiro sinaliza, que não quer ensaiar uma reedição tucana da República Café com Leite. Ao que cerne precisamente, os mineiros estão pautando-se por Aécio e não estão querendo mais uma vez pôr mais café do que leite. Ao passo, que o grupo paulista trabalha por Geraldo Alckmin em 2014. Por isso, Serra enfrenta uma inexorável máxima – não existe líder, sem liderados.
Prospectando o novo Governo, com a primeira mulher na maior cadeira de poder da República, acreditamos que no Governo Dilma, haverá aprofundamento das políticas sociais do Governo Lula balizadas no provável avanço da política econômica, com foco, não em um ajuste fiscal simplista, mas sim norteado na qualidade dos gastos, com investimentos, que suplantem as dificuldades para a contrapartida plena em educação, saúde e segurança para todos os brasileiros. O problema não é fazer ajuste, forte ajuste ou se fazer uma política fiscal expansionista. O mote central da questão é o gasto ser parte de uma máquina efetiva nos serviços públicos, além de termos investimentos em infraestrutura, no setor produtivo e na expansão de empregos; fazer à entrega do saneamento básico para todas as moradias e erradicar a pobreza. A “política expansionista”, que temos que lutar, como sociedade civil e Estado, para direcionar o Governo, é revolucionar, dar dignidade, e igualdade de condições e oportunidades para todos os brasileiros e para as vinte e sete unidades federativas do nosso país. A expansão, que queremos mesmo, é a universalização da educação e saúde pública e de qualidade para um só Brasil, e não fragmentado nos vários Brasis que temos hoje. Esperamos piamente, com a caixa de pandora que ainda temos em mãos, mentes e corações, que tenhamos essas premissas como verdadeiras metas a serem perseguidas, e como baluartes para o nosso desenvolvimento, para que sejamos uma democracia mais coesa e justa socialmente. Tomara - torceremos e façamos nossa parte como sociedade - que este prospecto de hoje, vire realidade amanhã.
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