A quebra da alienação à consciência – O desmonte da “ideologia” capitalista pela Indignação
Antes de quebrantar a ideologia do modal capital, às pessoas da sociedade, podemos primeiramente observar o quanto todas nesse contexto, apresentam as mesmas características sociais: indivíduos preocupados com o consumo e em se auto-afirmarem no mercado de consumo através de sua ascendência na cadeia profissional – no mercado de trabalho. Outro ponto, é que por estarem tão compenetradas neste ramo da preocupação humana são, na maioria, dispersas e despreocupadas à situação política. Na verdade, elas não acreditam que sem bem-estar social possa advir do oferecimento do Estado e, sim, por seus próprios meios e senso de ambição pessoal. Em parte, e nessa conjuntura, elas têm razão. Por outro lado, esses comportamentos são combustíveis fósseis para o forno capitalista. Comportam-se, sistemática e inconscientemente, em dar subsídios incomensuráveis à malha de ferro do modal capital ao passo que poluí em menor e maior (esse mais acentuado) o meio-ambiente social e humano. O indivíduo, nessa condição despolitizada, “negocia” e leiloa sua força de trabalho e a entrega como aluguel defasado em prol de suposto conforto ou notadamente, à sua busca permanente, visto que um simples cochilo de uma “sesta” no começo da tarde pode lhe tirar o benefício e o valor que “vale”, por esse mesmo aluguel empenhado – esse posto, está, incondicionalmente, e sempre a provar seu valor, sob qualquer circunstância e a todo o tempo. Para sua eterna sujeição e “expiação”. Mas, para o bem do capital. Em sujeição, é ele mesmo o próprio carvão, que alimenta o forno do capital.
No entanto, o carvão que se queima, nessa fornalha, é pago com um preço muito alto. Desemprego, instabilidade financeira e conseqüente desestruturação das relações sociais e humanas, que, se não forem realinhadas em curto tempo (o Brasil é exemplo fatídico), com políticas públicas de correção de rumo ou pelo menos de compensação aos mais pobres e desempregados em virtude – e contanto – que o capital financeiro e seus braços bancários, não tenham açoitados, em fatia considerável, seu capital – podem acarretar em atrocidades, violência elevada, desmonte da educação e serviços públicos e barbáries de toda a espécie. É só olharmos para os países da periferia do capitalismo – e até mesmo, os próprios ditos desenvolvidos, também possuem parcela gritante de pobreza e pobres, se comparado ao acúmulo de suas riquezas.
Para se desmontar a ideologia capitalista no núcleo mental das pessoas, não é preciso se recorrer a uma lobotomia. É preciso, sim, fazer através do próprio uso de nossas ferramentas críticas (nossa filosofia natural e humana), e através de comparação constante e consciente, o quão, vivemos mal neste sistema, e como poderíamos viver melhor. É fazê-lo recorrer a: como podemos aceitar e não se indignar, em termos um Bairro melhor do que o outro, só pelo fato, desse dispor de pessoas ricas; e o outro, um bairro pobre, sem praças, sem saneamento e sem estrutura de aparelhos públicos? É também, fazê-lo questionar, por que para um, é mais fácil o estudo em virtude do mesmo estudar em escola particular, e o outro por ser desprovido de renda, ter que se sujeitar a freqüentar uma escola pública, que não dispõe de professores de cadeiras básicas, e quando os tem, por uma série de questões, não apresentam a qualidade necessária para um efetivo aprendizado, além das expectativas, no âmbito moral, didático, social e ético? Quando este mesmo indivíduo, nosso interlocutor, se der conta dos dois lados da moeda, ele será tocado pela mão da consciência e pela mente que critica, pensa, formula e age. Neste momento - após o método simples, mas eficaz de comparação, aí sim - será mais fácil conjugá-lo e posicioná-lo, fazendo-o melhor entender, o que é Esquerda e o que é Direita. O primeiro que não entende como normal e “tradicional”, às desigualdades sociais e que acredita que só a mobilização e atuação coletiva e progressista, são capazes de extirpá-las em prol de uma sociedade socialmente mais justa e igualitária; e o segundo - dado a promulgar por sua própria cabeça - acredita que as desigualdades sociais, humanas e econômicas são normais, fruto de uma “evolução natural” e fruto da necessidade e esforço de cada um, para crescer e ascender socialmente. Só que este mesmo, esquece de dizer que a evolução nunca chega de forma satisfatória, mesmo que o esforço seja exponencialmente superior à sua condição desigual – dita por eles como normal e natural na sociedade.
Ao fazer o desmonte da ideologia, no tocante a mostrar-lhe pelas coisas e agonias mais práticas possíveis, esfregando como exemplo à realidade do próprio indivíduo; o conseqüente e rumo ideológico se darão naturalmente. O importante é plantar a semente.
Claro que dissertar e ensaiar tudo isso, é muito fácil e impávido, mas ninguém nos disse que isso seria fácil, e que é uma batalha ganha. Mas, mais do que entender que a luta pode ser ganha somente pela estrutura partidária, ganhando o maior pleito de poder do jogo democrático; é preciso conscientizar o indivíduo e seu conjunto que, sem mobilização e pressão das massas, conscientizadas, não há luz da vitória no fim do túnel deste modal capitalista. Não precisamos ganhar os braços (a força) das pessoas, tão preocupadas, com suas vidas. Elas têm razão em se preocuparem, mas, o que se precisa passar - categórica e pautadamente pela consciência e educação popular - é que ela pode melhorar – como todos na sociedade – com a coletivização das idéias, a promulgação de um mesmo sentido, às ações articuladas em prol de um metálico e arredio objetivo. De que, ou mudamos todos juntos para uma sociedade com isonomia social e econômica, ou mudamos todos, sós; com as exceções dos bem-sucedidos sendo vendidos via propaganda capitalista, de que todos podem conseguir, porque um chegou lá. Por isso, não precisamos ganhar somente os braços, mesmo que esses estejam acompanhados de suas respectivas mentes. Precisamos sim, através de exemplos que arrastem, da educação contínua e popular, e dos métodos da filosofia real e humana, conquistar o coração das pessoas e destes indivíduos. Com o coração, sobretudo, atrelado à mente e aos braços mais humanos, podemos sair da utopia para se concretizar o início da práxis à realidade.
*Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ
Antes de quebrantar a ideologia do modal capital, às pessoas da sociedade, podemos primeiramente observar o quanto todas nesse contexto, apresentam as mesmas características sociais: indivíduos preocupados com o consumo e em se auto-afirmarem no mercado de consumo através de sua ascendência na cadeia profissional – no mercado de trabalho. Outro ponto, é que por estarem tão compenetradas neste ramo da preocupação humana são, na maioria, dispersas e despreocupadas à situação política. Na verdade, elas não acreditam que sem bem-estar social possa advir do oferecimento do Estado e, sim, por seus próprios meios e senso de ambição pessoal. Em parte, e nessa conjuntura, elas têm razão. Por outro lado, esses comportamentos são combustíveis fósseis para o forno capitalista. Comportam-se, sistemática e inconscientemente, em dar subsídios incomensuráveis à malha de ferro do modal capital ao passo que poluí em menor e maior (esse mais acentuado) o meio-ambiente social e humano. O indivíduo, nessa condição despolitizada, “negocia” e leiloa sua força de trabalho e a entrega como aluguel defasado em prol de suposto conforto ou notadamente, à sua busca permanente, visto que um simples cochilo de uma “sesta” no começo da tarde pode lhe tirar o benefício e o valor que “vale”, por esse mesmo aluguel empenhado – esse posto, está, incondicionalmente, e sempre a provar seu valor, sob qualquer circunstância e a todo o tempo. Para sua eterna sujeição e “expiação”. Mas, para o bem do capital. Em sujeição, é ele mesmo o próprio carvão, que alimenta o forno do capital.
No entanto, o carvão que se queima, nessa fornalha, é pago com um preço muito alto. Desemprego, instabilidade financeira e conseqüente desestruturação das relações sociais e humanas, que, se não forem realinhadas em curto tempo (o Brasil é exemplo fatídico), com políticas públicas de correção de rumo ou pelo menos de compensação aos mais pobres e desempregados em virtude – e contanto – que o capital financeiro e seus braços bancários, não tenham açoitados, em fatia considerável, seu capital – podem acarretar em atrocidades, violência elevada, desmonte da educação e serviços públicos e barbáries de toda a espécie. É só olharmos para os países da periferia do capitalismo – e até mesmo, os próprios ditos desenvolvidos, também possuem parcela gritante de pobreza e pobres, se comparado ao acúmulo de suas riquezas.
Para se desmontar a ideologia capitalista no núcleo mental das pessoas, não é preciso se recorrer a uma lobotomia. É preciso, sim, fazer através do próprio uso de nossas ferramentas críticas (nossa filosofia natural e humana), e através de comparação constante e consciente, o quão, vivemos mal neste sistema, e como poderíamos viver melhor. É fazê-lo recorrer a: como podemos aceitar e não se indignar, em termos um Bairro melhor do que o outro, só pelo fato, desse dispor de pessoas ricas; e o outro, um bairro pobre, sem praças, sem saneamento e sem estrutura de aparelhos públicos? É também, fazê-lo questionar, por que para um, é mais fácil o estudo em virtude do mesmo estudar em escola particular, e o outro por ser desprovido de renda, ter que se sujeitar a freqüentar uma escola pública, que não dispõe de professores de cadeiras básicas, e quando os tem, por uma série de questões, não apresentam a qualidade necessária para um efetivo aprendizado, além das expectativas, no âmbito moral, didático, social e ético? Quando este mesmo indivíduo, nosso interlocutor, se der conta dos dois lados da moeda, ele será tocado pela mão da consciência e pela mente que critica, pensa, formula e age. Neste momento - após o método simples, mas eficaz de comparação, aí sim - será mais fácil conjugá-lo e posicioná-lo, fazendo-o melhor entender, o que é Esquerda e o que é Direita. O primeiro que não entende como normal e “tradicional”, às desigualdades sociais e que acredita que só a mobilização e atuação coletiva e progressista, são capazes de extirpá-las em prol de uma sociedade socialmente mais justa e igualitária; e o segundo - dado a promulgar por sua própria cabeça - acredita que as desigualdades sociais, humanas e econômicas são normais, fruto de uma “evolução natural” e fruto da necessidade e esforço de cada um, para crescer e ascender socialmente. Só que este mesmo, esquece de dizer que a evolução nunca chega de forma satisfatória, mesmo que o esforço seja exponencialmente superior à sua condição desigual – dita por eles como normal e natural na sociedade.
Ao fazer o desmonte da ideologia, no tocante a mostrar-lhe pelas coisas e agonias mais práticas possíveis, esfregando como exemplo à realidade do próprio indivíduo; o conseqüente e rumo ideológico se darão naturalmente. O importante é plantar a semente.
Claro que dissertar e ensaiar tudo isso, é muito fácil e impávido, mas ninguém nos disse que isso seria fácil, e que é uma batalha ganha. Mas, mais do que entender que a luta pode ser ganha somente pela estrutura partidária, ganhando o maior pleito de poder do jogo democrático; é preciso conscientizar o indivíduo e seu conjunto que, sem mobilização e pressão das massas, conscientizadas, não há luz da vitória no fim do túnel deste modal capitalista. Não precisamos ganhar os braços (a força) das pessoas, tão preocupadas, com suas vidas. Elas têm razão em se preocuparem, mas, o que se precisa passar - categórica e pautadamente pela consciência e educação popular - é que ela pode melhorar – como todos na sociedade – com a coletivização das idéias, a promulgação de um mesmo sentido, às ações articuladas em prol de um metálico e arredio objetivo. De que, ou mudamos todos juntos para uma sociedade com isonomia social e econômica, ou mudamos todos, sós; com as exceções dos bem-sucedidos sendo vendidos via propaganda capitalista, de que todos podem conseguir, porque um chegou lá. Por isso, não precisamos ganhar somente os braços, mesmo que esses estejam acompanhados de suas respectivas mentes. Precisamos sim, através de exemplos que arrastem, da educação contínua e popular, e dos métodos da filosofia real e humana, conquistar o coração das pessoas e destes indivíduos. Com o coração, sobretudo, atrelado à mente e aos braços mais humanos, podemos sair da utopia para se concretizar o início da práxis à realidade.
*Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ
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