ODE A VERDADE SOCIAL À INVERDADE CAPITAL*
(Poema já publicado aqui, neste Blog, no entanto, o mesmo se encontra revisado na publicação abaixo).
Quando vejo penumbra, vislumbro luz,
Quando vejo desilusão, vislumbro esperança,
Quando vejo a eminência do capital, vislumbro a ascendência do social,
Quando olho o horizonte, vejo o amanhecer,
Quando sinto o calor escaldante, sinto o frescor resplandecente.
Corro dos meus medos, almejo meus anseios,
Vejo minha estória e história esculpidas na rocha,
Vejo o que ninguém vê, o que ninguém ouve,
O revoar dos pássaros, o canto dos monges,
Vejo pouca informação, frente ampla, desinformação,
Vejo aspirantes ao trono, submersos no porão,
As coisas que saem do lugar e remetem à escuridão,
Os homens que envelhecem e morrem na ralé da memória e da emoção
De uma história remendada, conivente com os altos coronéis,
Da história volumosa, exposta nos incontáveis papéis,
Colocam-nos como reféns e cegos deste nosso convés,
Presenteiam-nos como se fôssemos merecedores deste presente viés,
Alienam-nos com sua forte bruma, nos abençoam com grandes figuras,
Penduram-nos e nos carregam com suas imensas ideias,
Devolvem-nos a dignidade, quando lhes convém,
Tiram-nos as migalhas, quando não tiram o que não têm.
Não têm respeito, não temos valor, não tem quem,
Quando é que vamos encarar e sair em busca do que realmente tem?
Por que o que realmente tem incomoda os quem têm?
Por que o meio não pode ser comum a todos os que não têm?
Por que somos engolidos e entretidos pelos que têm,
Quando vamos ser o próton e o elétron,
Em vez deste neutro aquém?
Vimos do interior e da comunidade,
Não de um pseudo além.
Façamos que nem
Marighella, Prestes e Lamarca,
Vamos desertar também,
Desertar da inverdade que convém a quem tem,
Vamos ter a dignidade, mesmo sendo os que não têm,
Vamos fomentar, culminar em um país mais cem, mais além,
Oxalá tenhamos mais coragem para sair da corrente dos quem têm.
Sejamos a diferença entre uma “igualdade” sem liberdade,
Sejamos a espada e o alvo de uma história que, de fato, nos tem,
Quando olho pros livros, tenho muita sede de equidade,
Da democracia do saber e do poder do povo em todo este harém,
Pois o saber é herança e fruto legítimo desta sociedade que vem,
Quando olho para o hoje, queima em mim a voracidade,
Apaga em mim o covarde,
Acende a fogueira, me dá gana, me traz felicidade,
De que, quando meus olhos virem a poeira na estante,
Haja, doravante, a verdade, seja esta o bem ocorrido,
Ou a real calamidade.
Que o social seja a derradeira espada,
E que, por ela, o capital sempre tombe em combate!
Diego Fonseca Dantas
25/01/2010
*Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ
(Poema já publicado aqui, neste Blog, no entanto, o mesmo se encontra revisado na publicação abaixo).
Quando vejo penumbra, vislumbro luz,
Quando vejo desilusão, vislumbro esperança,
Quando vejo a eminência do capital, vislumbro a ascendência do social,
Quando olho o horizonte, vejo o amanhecer,
Quando sinto o calor escaldante, sinto o frescor resplandecente.
Corro dos meus medos, almejo meus anseios,
Vejo minha estória e história esculpidas na rocha,
Vejo o que ninguém vê, o que ninguém ouve,
O revoar dos pássaros, o canto dos monges,
Vejo pouca informação, frente ampla, desinformação,
Vejo aspirantes ao trono, submersos no porão,
As coisas que saem do lugar e remetem à escuridão,
Os homens que envelhecem e morrem na ralé da memória e da emoção
De uma história remendada, conivente com os altos coronéis,
Da história volumosa, exposta nos incontáveis papéis,
Colocam-nos como reféns e cegos deste nosso convés,
Presenteiam-nos como se fôssemos merecedores deste presente viés,
Alienam-nos com sua forte bruma, nos abençoam com grandes figuras,
Penduram-nos e nos carregam com suas imensas ideias,
Devolvem-nos a dignidade, quando lhes convém,
Tiram-nos as migalhas, quando não tiram o que não têm.
Não têm respeito, não temos valor, não tem quem,
Quando é que vamos encarar e sair em busca do que realmente tem?
Por que o que realmente tem incomoda os quem têm?
Por que o meio não pode ser comum a todos os que não têm?
Por que somos engolidos e entretidos pelos que têm,
Quando vamos ser o próton e o elétron,
Em vez deste neutro aquém?
Vimos do interior e da comunidade,
Não de um pseudo além.
Façamos que nem
Marighella, Prestes e Lamarca,
Vamos desertar também,
Desertar da inverdade que convém a quem tem,
Vamos ter a dignidade, mesmo sendo os que não têm,
Vamos fomentar, culminar em um país mais cem, mais além,
Oxalá tenhamos mais coragem para sair da corrente dos quem têm.
Sejamos a diferença entre uma “igualdade” sem liberdade,
Sejamos a espada e o alvo de uma história que, de fato, nos tem,
Quando olho pros livros, tenho muita sede de equidade,
Da democracia do saber e do poder do povo em todo este harém,
Pois o saber é herança e fruto legítimo desta sociedade que vem,
Quando olho para o hoje, queima em mim a voracidade,
Apaga em mim o covarde,
Acende a fogueira, me dá gana, me traz felicidade,
De que, quando meus olhos virem a poeira na estante,
Haja, doravante, a verdade, seja esta o bem ocorrido,
Ou a real calamidade.
Que o social seja a derradeira espada,
E que, por ela, o capital sempre tombe em combate!
Diego Fonseca Dantas
25/01/2010
*Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ
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