Pular para o conteúdo principal

Artigo: Antes tarde do que Nunca

Conforme texto do Projeto de Lei Orçamentária (a partir da página 14), a receita total estimada para execução do orçamento da união, neste exercício de 2011, é de 1 trilhão, 252 bilhões, 113 milhões, 672 mil e 823 reais. Claro, que é estimado, mas percebemos que um Estado forte com este poder financeiro - cerca de um terço do PIB - é capaz sim, de responder aos objetivos da nação neste pleito de quatro anos. Isso, se o fisiologismo deixar, além é claro, de nós também.

Quem de nós se aprofunda nesses dados de orçamento, seja simplesmente para decorar o teor numérico ou para “entrar no buraco do queijo” nas contas receita e despesa? Confesso que particularmente, tenho “herdado” esse hábito há pouco. Os dados e informações do orçamento da República estão em transparência nos sites do Senado Federal, assim como outros, no da Câmara e outros institucionais, no da Presidência da República.

Como vamos conseguir manobrar os políticos, evitando que sejamos nós, os manobrados, como carros de boi, se não perdermos (ou melhor, ganhamos tempo, argumento, informação e energia para cobrá-los), breve tempo do nosso dia-a-dia para utilizarmos dessas vias? Sem ter às informações de orçamento, sem conhecer as travas dos dispositivos legais e os mecanismos de participação popular como o da Ação Popular, como o posto para requerer o envio ao Congresso da Lei de Ficha Limpa no ano passado?

Temos muito ainda a melhorar em cidadania e consciência política e social, mas começar – mesmo tarde – é melhor que continuar nesse marasmo acrítico e cômodo. Vamos começar, pois, é vital a nossa participação nesse processo. Mesmo que seja tarde. Melhor do que nunca.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Poesia em Domínio Público - Soneto 013 - Camões

Alegres campos, verdes arvoredos, claras e frescas águas de cristal, que em vós os debuxais ao natural, discorrendo da altura dos rochedos; Silvestres montes, ásperos penedos, compostos em concerto desigual, sabei que, sem licença de meu mal, já não podeis fazer meus olhos ledos. E, pois me já não vedes como vistes, não me alegrem verduras deleitosas, nem águas que correndo alegres vêm. Semearei em vós lembranças tristes, regando-vos com lágrimas saudosas, e nascerão saudades de meu bem. Sonetos, de Luís de Camões Texto proveniente de: A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo

Ensaio: A tomada da Práxis pelas entranhas do Capital

A quebra da alienação à consciência – O desmonte da “ideologia” capitalista pela Indignação Antes de quebrantar a ideologia do modal capital, às pessoas da sociedade, podemos primeiramente observar o quanto todas nesse contexto, apresentam as mesmas características sociais: indivíduos preocupados com o consumo e em se auto-afirmarem no mercado de consumo através de sua ascendência na cadeia profissional – no mercado de trabalho. Outro ponto, é que por estarem tão compenetradas neste ramo da preocupação humana são, na maioria, dispersas e despreocupadas à situação política. Na verdade, elas não acreditam que sem bem-estar social possa advir do oferecimento do Estado e, sim, por seus próprios meios e senso de ambição pessoal. Em parte, e nessa conjuntura, elas têm razão. Por outro lado, esses comportamentos são combustíveis fósseis para o forno capitalista. Comportam-se, sistemática e inconscientemente, em dar subsídios incomensuráveis à malha de ferro do modal capital ao passo que pol

Pausa para Reflexão: Poema - Ode a Verdade Social à Inverdade Capital

Meus caros, Tentar desvelar por completo um poema é algo enriquecedor e fascinante...Ir nas entranhas do pensamento do autor, de sua crítica e de sua efervescência poética.Não cabe ao autor passar este "Raio X" em sua obra, em sua música, em seu poema. Isto é praticamente acabar com a graça e o exercício de apuração e senso crítico do leitor.. Mas posso adiantar alguma coisa: no Poema Ode a Verdade Social à Inverdade Capital, ressalto que há uma luta diária e constante nos bastidores e no palco da vida real, sobre o antagonismo entre o Social e o Capital - entre a Esquerda e a Direita. Isto é claro, quando vemos nos jornais a luta entre governo e oposição para aprovar determinada lei.., quando vemos a composição política de chapas em ano eleitoral no seu município e no seu estado. Mas tudo isto é muito óbvio e muito previsível. A luta que me refiro e não poderia me furtar em falar, é a luta diária, a luta histórica, a luta que vemos todo santo dia e sequer nos atentamos, ou n