ÊXODO INDIGNO DO CARENTE*
Na diáspora desmedida,
Cabia tudo, na saída,
No Êxodo do Êxito,
Nada lhe cabia.
O povo carente tenta ser tudo,
Ao menos, gente.
Porque o que lhe tiram
No Êxodo de tudo,
É desumano e inconseqüente.
O poder público,
É o histórico,
Padecer público,
Do carente.
Ah! Claro, é poder público,
Para meia dúzia de potentes,
Porque é difícil viver um mundo,
Onde o “eu” vale sempre mais que “a gente”.
Que mundo é este?
Que só vive,
Quem sobrevive,
Na labuta e sem emprego,
Na comida e com fome
Na sede, e sem água,
Com saúde, com doença.
Com dinheiro, dos outros e em compromisso de litígios,
Sem coisa boa e digna,
E com coisa ruim e ínfima.
Ponto, reticências e oração.
Mesmo à oração do povo, sem sujeito, sem travessão.
Ponto entre períodos, mais reticências,
E ponto de exclamação!
Mais reticências de sofrimento,
Alegria de tristeza de carnaval, sem dinheiro,
Sobejo de comida, e de beber barrento.
Mais reticências de viver sofrido,
De um povo carente, em seu êxodo permanente,
Sem retorno, até sua morte, em eterno período e com esse bem maledicente,
Até quando, poder público e sociedade?
Ponto de interrogação ou Ponto descarado e negligente?
28/02/2011
*Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ
Na diáspora desmedida,
Cabia tudo, na saída,
No Êxodo do Êxito,
Nada lhe cabia.
O povo carente tenta ser tudo,
Ao menos, gente.
Porque o que lhe tiram
No Êxodo de tudo,
É desumano e inconseqüente.
O poder público,
É o histórico,
Padecer público,
Do carente.
Ah! Claro, é poder público,
Para meia dúzia de potentes,
Porque é difícil viver um mundo,
Onde o “eu” vale sempre mais que “a gente”.
Que mundo é este?
Que só vive,
Quem sobrevive,
Na labuta e sem emprego,
Na comida e com fome
Na sede, e sem água,
Com saúde, com doença.
Com dinheiro, dos outros e em compromisso de litígios,
Sem coisa boa e digna,
E com coisa ruim e ínfima.
Ponto, reticências e oração.
Mesmo à oração do povo, sem sujeito, sem travessão.
Ponto entre períodos, mais reticências,
E ponto de exclamação!
Mais reticências de sofrimento,
Alegria de tristeza de carnaval, sem dinheiro,
Sobejo de comida, e de beber barrento.
Mais reticências de viver sofrido,
De um povo carente, em seu êxodo permanente,
Sem retorno, até sua morte, em eterno período e com esse bem maledicente,
Até quando, poder público e sociedade?
Ponto de interrogação ou Ponto descarado e negligente?
28/02/2011
*Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ
Ola
ResponderExcluirnão entendi este verso
"No Êxodo do Êxito,"
No êxodo do Egito?
Até Alan
Oi meu caro,
ResponderExcluirClaro que toda esta criação, é feita de forma inspirada, mas com este verso "Êxodo do Êxito", fiz uma menção, que o êxodo no Brasil e principalmente na região do Nordeste, é marcada pelo êxito de sair (porque ele tem que sair mesmo, se não quiser morrer de fome e pela seca) e que, apesar de todos os problemas sociais, o mesmo sai com a esperança de achar sua felicidade e "dignidade" no Sudeste (principalmente, São Paulo). Só que só, uma minoria consegue esse êxito de fato. Em todo caso, é uma figura de aliteração que utilizei para dar tom lúdico e de reflexão de que o êxodo é visto com "êxito" pela sociedade e é visto como "normal", pela nossa realidade.
Abraços,
Diego