MERCADO DA ALIENAÇÃO*
Precisamos de mais tempo,
Para trabalhar o que nos está por dentro,
Trabalhar menos em linha de produção,
Trabalhar só o suficiente,
Sem explorar a alienação.
Ou o que é pior,
Sem alienar à exploração.
Precisamos de tanta coisa,
Mas ao mesmo tempo, básica,
Para o nosso bem-estar,
Nossa dignidade e nossa concha.
Precisamos trabalhar com suficiência,
E não nós, sermos a insuficiência,
Para a nossa sobrevivência de comer,
Dormir, beber e morar com mínimo de decência!
Precisamos sair do exagero e culto ao consumo,
A essa sociedade da produção pela produção.
Da exploração pela exploração,
Do resultado pelo resultado,
E o homem, que já é um coitado,
Cotado na bolsa,
Como antigamente e explícito, no mercado de escravos,
E explorado, pelo outro homem,
Como era também, com o capataz e o capitão do mato,
E, hoje, ao explorado, achacado, pela falta de educação,
Que se reduz a farelo de pão em detritos do lixão
E que reluz ouro para poucos, fartos, empanzinados
E insaciáveis plutocratas deste infinito plantão!
Enquanto o homem continua pregado,
No pregão da exploração,
No mercado onde o homem é explicitamente explorado,
Pelo outro homem, pelo sistema e por sua alienação.
15/03/2011
*Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ
Precisamos de mais tempo,
Para trabalhar o que nos está por dentro,
Trabalhar menos em linha de produção,
Trabalhar só o suficiente,
Sem explorar a alienação.
Ou o que é pior,
Sem alienar à exploração.
Precisamos de tanta coisa,
Mas ao mesmo tempo, básica,
Para o nosso bem-estar,
Nossa dignidade e nossa concha.
Precisamos trabalhar com suficiência,
E não nós, sermos a insuficiência,
Para a nossa sobrevivência de comer,
Dormir, beber e morar com mínimo de decência!
Precisamos sair do exagero e culto ao consumo,
A essa sociedade da produção pela produção.
Da exploração pela exploração,
Do resultado pelo resultado,
E o homem, que já é um coitado,
Cotado na bolsa,
Como antigamente e explícito, no mercado de escravos,
E explorado, pelo outro homem,
Como era também, com o capataz e o capitão do mato,
E, hoje, ao explorado, achacado, pela falta de educação,
Que se reduz a farelo de pão em detritos do lixão
E que reluz ouro para poucos, fartos, empanzinados
E insaciáveis plutocratas deste infinito plantão!
Enquanto o homem continua pregado,
No pregão da exploração,
No mercado onde o homem é explicitamente explorado,
Pelo outro homem, pelo sistema e por sua alienação.
15/03/2011
*Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ
Ola Diego
ResponderExcluirAdorei seu poema
me fez lebrar de um documentario chamado a servidão moderna um documentario frances muito bom.
Sobre a escravidão e a servidão moderna acho que este segundo tem um requinte de crueldade maior já que seu rebanho se sente livre e não o é.
Até Alan
Oi Alan! Fico feliz por ter gostado..é um espécie de poema-desabafo, de como vivemos mal nesta vida, mas procuramos nos iludir e sonhar...com um mundo melhor. Aliás, é a única coisa que de fato temos na caixa de pandora: A esperança.
ResponderExcluirVou tentar achar esse documentário. O pior da alienação é que ela aliena à própria alienação, ou melhor: os alienados, que acham que podem ter tudo no final da vida, mas em um paradoxo, não tem o principal: liberdade, que advém condicionalmente do autoconhecimento: da liberdade crítica de se pensar.
Abraços,
Diego