POEMA POLÍTICO (O SOPRO À CONSCIÊNCIA) - 3º ATO*
Estou cansado da utopia do conscientizar,
O que muitas gerações, por falta de berço esplêndido,
Há muito que falta e há de faltar,
É difícil sensibilizar sobre o que está errado,
Se para quem não tem educação ou vive alienado,
Isso é fruto de iguarias de um papo chato de outro alienado..
Estou cansado, mas é preciso resistir,
Não posso ajoelhar-me,
Nem viver de “joelhos” com muita gente age,
Para morrer de pé, em digna vivacidade!
Vivo à vida, mas não posso ser “tratorado”,
Pela própria vida, pelo sistema capital e pela índole da fleuma dos omissos,
Covardes, centristas e larápios!
Mas para que continuar com terceiro ato?
Para que continuar a falar a mesma coisa?
De um jeito suave, ameno ou mais arraigado e radicalizado?
Para que ter que “gritar sem coro”,
Repetir fonemas, versos, textos ou frases para clamar este descalabro?
Pelo menos, serve para alguns que aqui leiam,
E para minha leitura de poeta social, que sempre venha aqui e escreva,
Pois preciso tirar o veneno da revolta que me disseca por dentro,
Para deixar a revolução de idéias e da ternura, da firmeza da garra, de força serena!
É possível que, olhando para tanta gente,
Haja tanta utopia a se esgotar!
Mas a minha não se exaure nas pessoas,
Nem em mim, e na estrutura que aí estás!
Se é que se pode chamar isso de estrutura,
É como comparar a escola que deseduca,
Que fomenta à desgraça, à tormenta e nada mais!
Acredito no povo, mas acredito no arregimento dos quadros!
Para liderar, para agir, para arguir, direcionar a lacuna e a reatividade que também aí estais!
Que exuberância de tecnologia que temos!
Mas tem tanta coisa errada e ao avesso,
Que tá tudo invertido, bizarro e azedo!
Ah! Mas tá tudo melhorando economicamente!
Mas quanto vale o ganhar mais,
Para sobreviver decente?
Quanto vale o dinheiro que paga a escola,
Sem ter uma pública que nos enfrente!
Quanto vale o ganhar mais, se lá fora, na pseudoescola,
Na janela, a violência tá “comendo no centro”, nos lados, embaixo e à frente!
Matando a vida, o sopro de esperança e roubando os olhos dos milhares da gente!
Quanto vale ganhar mais, se não tem o que ganhar,
Se tá tudo em compromisso, tá tudo iludido,
Sem contrapartida, e no mínimo, vivendo como subanimais na esbórnia!
Quanto vale sua dignidade,
Um pão?
Sem água,
Sem manteiga?
Sem trigo?
Dormido?
Sem trabalho
Sem tranqüilidade?
É triste, ver que na Ditadura, derrubaram a educação que coexiste!
Acabou com o desejo de mobilização que ainda resiste,
Acabou com a memória que desilude e inexiste,
E deixa ao largo, muita gente, que sequer lê tal fato!
Para viver em sua piscina, que corrobora com a dos larápios!
A mesma que, como dizia Cazuza, está cheia de Ratos!
Quiçá um dia, termos um pouco de coragem
E menos vaidade!
Hombridade,
Ao invés de sacanagem!
Ética,
A Pilantragem!
Vergonha na cara
A essa morosidade!
Pelo menos o sopro da Gana por Dignidade
Sem essa ganância e cuspe podre,
Ignóbil, pelo dinheiro que tudo compra,
Tudo vende, inclusive, à cara daqueles,
Que são dignos abjetos desta compra,
E da venda, barata, por escambo, da sua mediocridade!
01/04/2011
*Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ
Estou cansado da utopia do conscientizar,
O que muitas gerações, por falta de berço esplêndido,
Há muito que falta e há de faltar,
É difícil sensibilizar sobre o que está errado,
Se para quem não tem educação ou vive alienado,
Isso é fruto de iguarias de um papo chato de outro alienado..
Estou cansado, mas é preciso resistir,
Não posso ajoelhar-me,
Nem viver de “joelhos” com muita gente age,
Para morrer de pé, em digna vivacidade!
Vivo à vida, mas não posso ser “tratorado”,
Pela própria vida, pelo sistema capital e pela índole da fleuma dos omissos,
Covardes, centristas e larápios!
Mas para que continuar com terceiro ato?
Para que continuar a falar a mesma coisa?
De um jeito suave, ameno ou mais arraigado e radicalizado?
Para que ter que “gritar sem coro”,
Repetir fonemas, versos, textos ou frases para clamar este descalabro?
Pelo menos, serve para alguns que aqui leiam,
E para minha leitura de poeta social, que sempre venha aqui e escreva,
Pois preciso tirar o veneno da revolta que me disseca por dentro,
Para deixar a revolução de idéias e da ternura, da firmeza da garra, de força serena!
É possível que, olhando para tanta gente,
Haja tanta utopia a se esgotar!
Mas a minha não se exaure nas pessoas,
Nem em mim, e na estrutura que aí estás!
Se é que se pode chamar isso de estrutura,
É como comparar a escola que deseduca,
Que fomenta à desgraça, à tormenta e nada mais!
Acredito no povo, mas acredito no arregimento dos quadros!
Para liderar, para agir, para arguir, direcionar a lacuna e a reatividade que também aí estais!
Que exuberância de tecnologia que temos!
Mas tem tanta coisa errada e ao avesso,
Que tá tudo invertido, bizarro e azedo!
Ah! Mas tá tudo melhorando economicamente!
Mas quanto vale o ganhar mais,
Para sobreviver decente?
Quanto vale o dinheiro que paga a escola,
Sem ter uma pública que nos enfrente!
Quanto vale o ganhar mais, se lá fora, na pseudoescola,
Na janela, a violência tá “comendo no centro”, nos lados, embaixo e à frente!
Matando a vida, o sopro de esperança e roubando os olhos dos milhares da gente!
Quanto vale ganhar mais, se não tem o que ganhar,
Se tá tudo em compromisso, tá tudo iludido,
Sem contrapartida, e no mínimo, vivendo como subanimais na esbórnia!
Quanto vale sua dignidade,
Um pão?
Sem água,
Sem manteiga?
Sem trigo?
Dormido?
Sem trabalho
Sem tranqüilidade?
É triste, ver que na Ditadura, derrubaram a educação que coexiste!
Acabou com o desejo de mobilização que ainda resiste,
Acabou com a memória que desilude e inexiste,
E deixa ao largo, muita gente, que sequer lê tal fato!
Para viver em sua piscina, que corrobora com a dos larápios!
A mesma que, como dizia Cazuza, está cheia de Ratos!
Quiçá um dia, termos um pouco de coragem
E menos vaidade!
Hombridade,
Ao invés de sacanagem!
Ética,
A Pilantragem!
Vergonha na cara
A essa morosidade!
Pelo menos o sopro da Gana por Dignidade
Sem essa ganância e cuspe podre,
Ignóbil, pelo dinheiro que tudo compra,
Tudo vende, inclusive, à cara daqueles,
Que são dignos abjetos desta compra,
E da venda, barata, por escambo, da sua mediocridade!
01/04/2011
*Registrado no escritório dos Direitos Autorais da Biblioteca Nacional - RJ
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