Alegres campos, verdes arvoredos, claras e frescas águas de cristal, que em vós os debuxais ao natural, discorrendo da altura dos rochedos; Silvestres montes, ásperos penedos, compostos em concerto desigual, sabei que, sem licença de meu mal, já não podeis fazer meus olhos ledos. E, pois me já não vedes como vistes, não me alegrem verduras deleitosas, nem águas que correndo alegres vêm. Semearei em vós lembranças tristes, regando-vos com lágrimas saudosas, e nascerão saudades de meu bem. Sonetos, de Luís de Camões Texto proveniente de: A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo
Artigos e Ensaios de Ciência Política. Ensaios Morais e sobre Cultura e Arte em geral. Poesia Brasileira.
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