Pelo andar da carruagem política em 2011, era de se esperar que neste primeiro ano que passou, o Governo Dilma fosse estar ancorado na morosidade das políticas públicas, não no momento da sua eleição, que gera sempre expectativas mil, mas, a partir dos primeiros casos envolvendo suspeita de corrupção com a queda de seis ministros com tal crivo, às cizânias com o PMDB, e o principal: a queda do arcabouço político conjuntural à época do Planalto com a saída de Palocci da Casa Civil em junho de 2011.
O que teremos pela frente? Popularidade pessoal de Dilma de 72%, sustentada pela silhueta do marketing político sobre a tomada rápida de decisões de afastamento de ministros e seus malfeitos, poderiam dar larga margem a pensamentos e análises simplórias de que Dilma, realmente, não compactue com os mesmos malfeitos e malfeitores. Mas, não é bem assim. Longe de tecer juízos de valor, o que se externa é que a presidente está mesmo ancorada em uma coalização que lhe deixa pouca margem de manobra, e até mesmo a ânsia e fome do PT por mais poder que não lhe deixa em sono tranquilo, apesar do berço esplêndido do Planalto.
A derrota na Câmara na emenda ao Código Florestal, imposta pelo seu próprio aliado preferencial, PMDB, a derrocada da discussão da reforma política enviesada pela proposta do PT de lista fechada e financiamento público, os gargalos de infraestrutura da copa e olimpíadas e da Lei Geral da Copa, e à recente e pendente ao ano anterior, a emenda 29 canibalizada com 15 vetos e a restrição dos aportes orçamentários não estarem condicionados à revisão e aumento do PIB, foram às agendas preeminentes neste ano de muito ensaio, muita alteração, e pouca ação.
No momento em que estamos com crescimento econômico - no refluxo momentâneo e particular nosso – quando da crise nos países do centro do capitalismo: EUA e zona do euro e Europa, em que estamos agora sendo alvos da imigração, tanto incentivada, como a desregulada, como é o caso da importação de “cérebros” e dos haitianos, e que no primeiro caso, é um incentivo do governo de atrair mão de obra intelectual dos países em crise, quando em contrapartida, há outro programa federal lançado em 2011 de bolsa de estudos para acadêmicos e profissionais no exterior, perde-se o momento em que a agenda raiz do Brasil, hoje, e para as próximas duas gerações, passa pelo momento de se balizar num verdadeiro e programa de revolução da educação – que pelo contrário, anda cada vez mais achacada com o esvaziamento por parte do governo da intenção de setores da sociedade e de parlamentares e de projetos da Congresso de se garantir pelo menos 10% do PIB brasileiro, de pronto – que pela relatoria do PNE negociada com o governo em Dezembro último, a meta ficará em 8% - só que daqui a 10 anos e ainda está em andamento a aprovação e aberto a emendas e a pedido de vistas do relatório, “podendo” ser aprovado ainda em 2012. Portanto, não se trata o tema com a devida celeridade e senso de prioridade.
O que corrobora com a ideia e o senso comum de todos os brasileiros, politizados ou não, de que a educação não é nada , ao contrário do que é proposto em qualquer ou nas inúmeras e vazias promessas de campanha, como o foi também na última presidencial em 2010.Como se a desculpa e álibi a mão fossem sempre a mesma: recurso, ou melhor, falta dele, mas, se estamos crescendo de forma pujante a nossa economia quando quase todo o hemisfério norte está a caminho da recessão; quando é que realmente vai se priorizar a educação, em grande importância? Quando estiver sem dinheiro? Quando estivermos estagnados, ou quando estivermos em recessão?
O povo brasileiro precisa sair do estigma negativo e rotulado de povo e de sua alienação, e no seu direito de ir e vir, buscar suas premissas de “democracia” nos dispositivos e caminhos provenientes dela, a começar com manifestações, com passeatas, com panelaços, com mobilização dos setores hoje desorganizados e voluntariosos, mas que potencialmente são molas propulsoras de um grande e urgente processo de autocrítica e conscientização social e política. Um paiol de reivindicações e de abordagens populares para romper com o fisiologismo escancarado na esfera pública. Mas, para todos os dissabores do nosso contemporâneo comportamento de parcimônia, de descrença e de cumplicidade, o que será de nós com tão estridentes qualidades sem uma educação pública de qualidade e cultura? Talvez nos falte mais 511 anos. Ou talvez só um projeto sério a começar e ser implementado em um ano com vigência permanente de política pública de estado, não de governo. Talvez, só assim daqui a 20 anos, com este cenário, venhamos então comemorar e nos orgulhar de ser ou estar entre as seis maiores economias do mundo. Pois, sem educação: não há renda, nem consumo, nem emprego, nem produção sustentáveis, como não são nossas consciências e críticas, atenuadas em uma mal educada parcimônia e inércia da maioria do povo brasileiro e de seu histórico, e atual governo. Que relevem: mas se um governo não cumprir a contento todas as suas promessas à exceção de uma, e tiver a coragem e a hombridade de reconhecer e de revolucionar a educação neste país, ele já será disparado e considerado - sem precisar de seu consentimento e julgamento no futuro - como o maior governo de toda a nossa história.
O que teremos pela frente? Popularidade pessoal de Dilma de 72%, sustentada pela silhueta do marketing político sobre a tomada rápida de decisões de afastamento de ministros e seus malfeitos, poderiam dar larga margem a pensamentos e análises simplórias de que Dilma, realmente, não compactue com os mesmos malfeitos e malfeitores. Mas, não é bem assim. Longe de tecer juízos de valor, o que se externa é que a presidente está mesmo ancorada em uma coalização que lhe deixa pouca margem de manobra, e até mesmo a ânsia e fome do PT por mais poder que não lhe deixa em sono tranquilo, apesar do berço esplêndido do Planalto.
A derrota na Câmara na emenda ao Código Florestal, imposta pelo seu próprio aliado preferencial, PMDB, a derrocada da discussão da reforma política enviesada pela proposta do PT de lista fechada e financiamento público, os gargalos de infraestrutura da copa e olimpíadas e da Lei Geral da Copa, e à recente e pendente ao ano anterior, a emenda 29 canibalizada com 15 vetos e a restrição dos aportes orçamentários não estarem condicionados à revisão e aumento do PIB, foram às agendas preeminentes neste ano de muito ensaio, muita alteração, e pouca ação.
No momento em que estamos com crescimento econômico - no refluxo momentâneo e particular nosso – quando da crise nos países do centro do capitalismo: EUA e zona do euro e Europa, em que estamos agora sendo alvos da imigração, tanto incentivada, como a desregulada, como é o caso da importação de “cérebros” e dos haitianos, e que no primeiro caso, é um incentivo do governo de atrair mão de obra intelectual dos países em crise, quando em contrapartida, há outro programa federal lançado em 2011 de bolsa de estudos para acadêmicos e profissionais no exterior, perde-se o momento em que a agenda raiz do Brasil, hoje, e para as próximas duas gerações, passa pelo momento de se balizar num verdadeiro e programa de revolução da educação – que pelo contrário, anda cada vez mais achacada com o esvaziamento por parte do governo da intenção de setores da sociedade e de parlamentares e de projetos da Congresso de se garantir pelo menos 10% do PIB brasileiro, de pronto – que pela relatoria do PNE negociada com o governo em Dezembro último, a meta ficará em 8% - só que daqui a 10 anos e ainda está em andamento a aprovação e aberto a emendas e a pedido de vistas do relatório, “podendo” ser aprovado ainda em 2012. Portanto, não se trata o tema com a devida celeridade e senso de prioridade.
O que corrobora com a ideia e o senso comum de todos os brasileiros, politizados ou não, de que a educação não é nada , ao contrário do que é proposto em qualquer ou nas inúmeras e vazias promessas de campanha, como o foi também na última presidencial em 2010.Como se a desculpa e álibi a mão fossem sempre a mesma: recurso, ou melhor, falta dele, mas, se estamos crescendo de forma pujante a nossa economia quando quase todo o hemisfério norte está a caminho da recessão; quando é que realmente vai se priorizar a educação, em grande importância? Quando estiver sem dinheiro? Quando estivermos estagnados, ou quando estivermos em recessão?
O povo brasileiro precisa sair do estigma negativo e rotulado de povo e de sua alienação, e no seu direito de ir e vir, buscar suas premissas de “democracia” nos dispositivos e caminhos provenientes dela, a começar com manifestações, com passeatas, com panelaços, com mobilização dos setores hoje desorganizados e voluntariosos, mas que potencialmente são molas propulsoras de um grande e urgente processo de autocrítica e conscientização social e política. Um paiol de reivindicações e de abordagens populares para romper com o fisiologismo escancarado na esfera pública. Mas, para todos os dissabores do nosso contemporâneo comportamento de parcimônia, de descrença e de cumplicidade, o que será de nós com tão estridentes qualidades sem uma educação pública de qualidade e cultura? Talvez nos falte mais 511 anos. Ou talvez só um projeto sério a começar e ser implementado em um ano com vigência permanente de política pública de estado, não de governo. Talvez, só assim daqui a 20 anos, com este cenário, venhamos então comemorar e nos orgulhar de ser ou estar entre as seis maiores economias do mundo. Pois, sem educação: não há renda, nem consumo, nem emprego, nem produção sustentáveis, como não são nossas consciências e críticas, atenuadas em uma mal educada parcimônia e inércia da maioria do povo brasileiro e de seu histórico, e atual governo. Que relevem: mas se um governo não cumprir a contento todas as suas promessas à exceção de uma, e tiver a coragem e a hombridade de reconhecer e de revolucionar a educação neste país, ele já será disparado e considerado - sem precisar de seu consentimento e julgamento no futuro - como o maior governo de toda a nossa história.
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